Netanyahu rejeita negociação com Irã e diz que não descarta assassinar líder supremo
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que o Irã "não quer sentar à mesa de negociações. Eles querem explodir a mesa", ao rejeitar a possibilidade de diálogo com Teerã, em entrevista à ABC News. "Eles querem continuar com essas falsas conversas, nas quais mentem, trapaceiam e enganam os EUA. Temos informações muito sólidas sobre isso", declarou.
Segundo Netanyahu, os dois meses de tentativas diplomáticas entre EUA e Irã não produziram resultados. "Como isso não aconteceu da maneira diplomática, tivemos que agir", disse. Ele afirmou ainda que "não descarta" o assassinato do líder supremo iraniano, Ali Khamenei. "Estamos fazendo o que temos que fazer."
Contrariando temores da Casa Branca de que um ataque ao líder iraniano ou uma maior participação americana possam escalar o conflito, o premiê foi categórico: "Não vai escalar, vai acabar com o conflito." Para ele, o regime iraniano é o responsável pela instabilidade regional. "Tivemos meio século de brigas espalhadas por esse regime que aterroriza o Oriente Médio. A guerra eterna é o que o Irã quer, e eles estão nos levando à beira de uma guerra nuclear."
Netanyahu afirmou que a ofensiva israelense visa impedir esse desfecho. "O que Israel está fazendo é evitar isso, colocando fim a essa agressão. Só conseguimos fazendo frente às forças do mal." O premiê ressaltou a participação americana nas ações de defesa ao apontar que "pilotos americanos estão nos ajudando a derrubar drones". Ele agradeceu o apoio do presidente americano, Donald Trump, e pontuou que a ajuda dos EUA será bem-vinda da maneira que o republicano quiser.
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