Planeta registrou o mês mais quente da história em setembro, diz observatório da União Europeia
O ano de 2023 também pode se tornar o mais quente já registrado, superando 2016 e 2020

Setembro de 2023 entrou para a história como o mês mais quente já registrado no planeta, de acordo com o programa de observação Copernicus, da União Europeia. Os dados revelam que a temperatura média global atingiu 16,38°C, quase 1°C acima da média entre 1991 e 2020 e 0,5°C acima do recorde anterior, registrado há três anos atrás.
A maioria das regiões enfrentou temperaturas acima da média em setembro, em um ano que se projeta como o mais quente da história. Esse recorde de temperatura tem sido motivo de grande preocupação para a comunidade científica e causado situações de seca em várias partes do mundo.
Os cientistas atribuem esse aumento significativo da temperatura desde a década de 1940 às mudanças climáticas globais e ao fenômeno El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico e influencia nas condições em todo o mundo. A análise contou com bilhões de medições feitas por satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas. O relatório do Copernicus também ressalta eventos extremos, como ondas de calor, que afetaram o hemisfério Sul, incluindo o Brasil.
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Com as temperaturas médias globais em janeiro a setembro superando 1,4°C em relação ao período pré-industrial, a preocupação é que que se aproxime do limite crítico de 1,5°C estabelecido no Acordo de Paris de 2015, criado para evitar consequências mais devastadoras das mudanças climáticas.
Os registros apontam que 2023 está a caminho de se tornar o ano mais quente já registrado, superando os recordes estabelecidos em 2016 e 2020. A temperatura elevada já mostrou algumas consequências, como a diminuição da cobertura de gelo na Antártica, que pode aumentar o nível do mar.
Líderes mundiais se reunirão em Dubai a partir de 30 de novembro na COP28, a cúpula do clima, para discutir medidas para conter as consequências do aquecimento global.
*(Estagiária Hannah Franco, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
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