Morre aos 97 anos primeiro piloto a romper barreira do som
Ele foi chamado de "o homem mais rápido da Terra"
Na última segunda-feira (7), morreu, aos 97 anos, o americano Chuck Yeager, primeiro piloto a romper a barreira do som. A morte foi anunciada pela viúva, Victoria Yeager, na conta do piloto em uma rede social. "Teve uma vida incrível, bem vivida, foi o maior piloto dos Estados Unidos e seu legado de força, aventura e patriotismo será recordado para sempre", disse ela. A causa da morte não foi anunciada.
Yeager foi um piloto de combate na Segunda Guerra Mundial que ganhou fama ao romper a barreira do som na aeronave experimental Bell X-1 em 14 de outubro de 1947. Esse marco ajudou a pavimentar o caminho do programa espacial americano. "Isto abriu a porta para o espaço", disse Yeager em 2007 em uma entrevista à AFP.
Ele passou a ser chamado de "o homem mais rápido da Terra" quando fez testes a bordo do Bell X-1 e rompeu a barreira do som. O avião Bell X-1 foi descrito por um outro piloto, Chalmers "Slick" Goodlin, como uma "bala com asas". De fato, a aeronave foi concebida seguindo o modelo da bala calibre .50, com asas curtas e frente pontiaguda, o que permitia atravessar o ar com mais eficiência.
Yeager nasceu em 1923 na cidade de Myra, na Virginia Ocidental. Seu pai consertava caminhões e antes de entrar para as forças armadas ele o auxiliava. Chuck se alistou à Força Aérea em setembro de 1941, três meses antes da entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Antes de começar a ser treinado para ser piloto, foi mecânico de aeronaves. Na maior parte de sua carreira, atuou como comandante militar de esquadrões de combate, nas décadas de 1950 e 1960. Passou para a reserva da Força Aérea em 1975.
O diretor da Nasa, Jim Bridenstine, lamentou a perda e elogiou o "caráter pioneiro e inovador" de Yeager. "A coragem de Chuck e suas façanhas são um testamento de sua força permanente, que o tornou um verdadeiro americano. O trabalho da Nasa Aeronautics deve muito a sua contribuição brilhante à ciência aeroespacial", afirmou em um comunicado.
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