Lagosta de 110 anos que vivia em cativeiro é poupada por restaurante e volta ao oceano; entenda
Apelidado de Lorenzo, crustáceo foi devolvido ao oceano por restaurante em Long Island durante uma cerimônia simbólica de "perdão"
Uma lagosta de 110 anos foi libertada no mar após passar anos vivendo esquecida dentro do tanque de um restaurante de frutos-do-mar nos Estados Unidos. Apelidada de Lorenzo, a lagosta pesava 9,5 quilos e vivia no Peter’s Clam Bar, em Long Island, no estado de Nova York. A libertação ocorreu no último domingo (15), em uma ação simbólica celebrada pela casa com uma "cerimônia de perdão".
“Lorenzo simplesmente escapou e acabou ficando em nosso tanque por anos”, explicou o proprietário do restaurante, Butch Yamali, à emissora WPIX-TV.
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Segundo Yamali, Lorenzo chegou ao restaurante há muitos anos e acabou não sendo vendido — diferente de outras lagostas que acabaram nos pratos dos clientes. Com o tempo, tornou-se parte do ambiente do local. “Ele fará falta, mas acho que é melhor assim. Se ele morresse aqui, não seria uma coisa boa, e eu não teria coragem de vendê-lo”, afirmou o empresário.
A história teve repercussão nas redes sociais, especialmente após o restaurante divulgar a libertação de Lorenzo em uma postagem bem-humorada no Facebook. “Agora ele está vivendo sua melhor vida — abrindo caminho para a liberdade e aproveitando a brisa salgada (em vez de mergulhar na manteiga)”, diz o post. “Um brinde às segundas chances e a uma vida cheia de conchas de felicidade!.”
O restaurante não informou se biólogos marinhos ou autoridades ambientais foram consultados antes da soltura, o que gerou debate sobre a viabilidade de reintegrar um animal tão idoso à vida selvagem.
Histórico de libertações
Lorenzo não é a primeira lagosta a ser libertada pelo Peter’s Clam Bar. Em 2023, o restaurante também devolveu ao mar uma lagosta de 111 anos, batizada de Lenny. Na ocasião, a atitude também chamou atenção da imprensa americana.
Na natureza, lagostas podem viver até 100 anos ou mais, desde que escapem de predadores e da pesca comercial. Casos de crustáceos centenários não são comuns, mas já foram registrados, principalmente em águas profundas e frias.
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