Governador de Nova York assediou sexualmente várias mulheres, mostra investigação

Segundo procuradora-geral do estado, Andrew Cuomo criou ambiente tóxico no gabinete

O Liberal

Uma investigação de cinco meses chegou à conclusão de que o governador de Nova York, o democrata Andrew Cuomo, assediou sexualmente várias mulheres e violou leis estaduais e federais enquanto criava um “clima de medo” no ambiente de trabalho, afirmou nesta terça-feira (3) a procuradora-geral do estado, Letitia James. As informações são da agência Reuters.

O inquérito mostrou que Cuomo apalpou, beijou e abraçou mulheres sem seu consentimento e fez comentários inapropriados, disse James em uma entrevista coletiva, acrescentando que o gabinete do governador se tornou um lugar de trabalho “tóxico”, que permitiu “que ocorresse os assédios”.

Segundo a procuradora, o governador e assessores seniores fizeram retaliações contra ao menos uma ex-funcionária que denunciou o ocorrido.

"Especificamente, a investigação descobriu que o governador Andrew Cuomo assediou sexualmente ex-funcionárias e funcionárias que ainda trabalham para o estado de Nova York ao tocá-las de forma não consentida e ao fazer numerosos comentários ofensivos”, afirmou James.

O gabinete de Cuomo não comentou imediatamente o resultado do inquérito. O governador de 63 anos tem negado as acusações.

Investigadores conversaram com 179 pessoas, incluindo denunciantes e membros atuais e antigos do gabinete, disse James. Segundo ela, o inquérito resultou em um “retrato claro e profundamente perturbador” do que ela chamou de “clima de medo” no qual Cuomo assediava sexualmente várias mulheres, muitas delas jovens.

A procuradora iniciou a investigação independente após ter recebido um pedido formal do escritório de Cuomo no dia 1º de março, quando o número de alegações públicas sobre o problema aumentou, colocando em risco sua gestão e seu futuro político.

James, que é democrata, contratou um escritório de advocacia externo para conduzir uma investigação civil das denúncias.

Cumprindo seu terceiro mandato como governador e que foi aclamado nacionalmente no ano passado durante os primeiros meses da pandemia, Cuomo foi pressionado a renunciar por colegas de partido e sofreu uma ameaça de impeachment no início deste ano devido às investigações de assédio sexual, mas negou que deixaria o cargo.

No dia 3 de março, em sua primeira declaração pública desde o escândalo, disse que estava envergonhado de seus atos e pediu desculpas, mas afirmou que não renunciaria ao cargo. "Agora compreendo que agi de um modo que deixou outras pessoas desconfortáveis", afirmou. "Não foi intencional, e eu realmente e profundamente peço desculpas por isso. Sinto-me péssimo a respeito e francamente envergonhado, e isso não é fácil de dizer, mas é a verdade."

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