Google pagará R$360 milhões ao ano por conteúdos de notícias no Canadá após acordo
Decisão põe fim a impasse gerado após a aprovação de uma lei de remuneração de notícias online

Seis meses após a aprovação de uma lei de remuneração de notícias on-line, o Google fechou acordo com o governo do Canadá no qual aceita pagar 100 milhões de dólares canadenses (equivalente a R$ 360 milhões) por ano para um fundo de apoio a organizações de notícias do País, conforme anunciado nesta quarta-feira (29).
Para Pascale St-Onge, ministra do Patrimônio Canadense, o acordo vai beneficiar o setor de notícias e permitir que o Google continue "desempenhando um papel importante ao fornecer aos canadenses acesso a conteúdo confiável de notícias". Os pagamentos do Google devem ser feitos para um fundo coletivo, encerrando a necessidade de negociar com cada editor separadamente.
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Disputa
A legislação aprovada gerou um impasse ao direcionar parte do dinheiro que o Google e a Meta, controladora do Facebook e do Instagram, ganham com publicidade on-line para fortalecer as finanças das organizações de notícias. Com a disputa, a Meta suspendeu links para notícias, no Canadá, no início deste ano em protesto contra a lei. Jáo Google ameaçou fazer o mesmo, numa situação que se tornou o maior conflito entre as big techs e um governo nacional em relação a subsídios para notícias desde 2021, quando a Austrália se tornou o primeiro país a aprovar uma lei sobre o assunto.
Apesar da alegação de que não prejudicam as empresas de notícias, as gigantes da tecnologia fornecem tráfego valioso para os sites. O Google afirma que os links geram 250 milhões de dólares canadenses (R$ 900 milhões) por ano para os publishers canadenses.
Por isso, a lei canadense garantiu o que classificou como "maior justiça" ao pagamento por notícias on-line, após o mercado de publicidade ser dominado pelo Google e pela Meta. A Meta, porém, indicou que o acordo não fará diferença em sua decisão de bloquear links de notícias no Canadá.
"Ao contrário dos mecanismos de busca, não buscamos proativamente notícias na internet para colocar em nossos feeds de usuários e sempre deixamos claro que a única maneira de cumprir razoavelmente a Lei de Notícias Online é encerrar a disponibilidade de notícias para as pessoas no Canadá", disse.
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