Campanha de Trump diz que pedirá recontagem de votos no Wisconsin, Filadélfia e Michigan

A campanha do atual presidente dos EUA também acusou as pesquisas de intenção de voto de servirem como "tática de supressão de eleitores"

Agência Estado

O gerente da campanha de Donald Trump à reeleição, Bill Stepien, afirmou que pedirá a recontagem dos votos no Wisconsin, um dos Estados importantes para a vitória no Colégio Eleitoral, e também em um condado do subúrbio da Filadélfia. "Tem havido relatos de irregularidades em vários condados que levantam sérias dúvidas sobre a validade dos resultados", escreveu Stepien em um comunicado.

A campanha do atual presidente dos Estados Unidos também acusou as pesquisas de intenção de voto de servirem como "tática de supressão de eleitores". "O presidente está bem dentro do limite para solicitar uma recontagem e nós faremos isso imediatamente", acrescentou Stepien.

Nesta tarde, o órgão eleitoral do Wisconsin informou que o candidato do Partido Democrata, Joe Biden, derrotou o atual presidente, Donald Trump, no estado por uma margem de 20,6 mil votos.

Juiz estuda pedido republicano de suspensão de contagem na Filadélfia

Um juiz federal do Estado norte-americano da Pensilvânia também analisava nesta quarta-feira argumentos de republicanos que querem impedir um condado do subúrbio da Filadélfia de contar votos enviados pelo correio que os eleitores tiveram permissão de corrigir. O juiz distrital Timothy Savage recebeu com ceticismo os argumentos dos requerentes. Para as autoridades eleitorais do condado de Montgomery e do Comitê Nacional Democrata essa medida poder tirar dos eleitores o direito ao voto e ter implicações para a corrida presidencial.

Os resultados de vários Estados ainda não estão claros, e a Pensilvânia é um Estado crucial agora que os votos pelo correio estão sendo tabulados. Trump apareceu na Casa Branca na manhã desta quarta-feira para declarar vitória falsamente e fazer alegações infundadas de fraude eleitoral.

A ação civil da Pensilvânia foi apresentada por Kathy Barnette, comentarista política conservadora que projeções mostram estar perdendo a disputa por um assento na Câmara do 4º distrito congressual do Estado, e Clay Breece, presidente do Comitê Republicano do condado de Berks. Eles acusaram as autoridades eleitorais do condado de Montgomery de terem "pré-analisado" cédulas ilegalmente em busca de erros e permitido que eleitores as corrigissem, e pediram uma liminar para suspender a contagem de tais votos.

Thomas Breth, um advogado dos requerentes, comparou o caso à eleição de 2000, quando a Suprema Corte arbitrou o caso Bush x Gore desencadeado por uma disputa sobre a contagem de votos na Flórida a favor do republicano George W. Bush. "Dói para as pessoas mencionar Bush Gore, mas esta é a análise que se aplica", disse Breth.

"Isto está criando a mesma situação que a Flórida criou em 2000", com "todos aqueles condados diferentes tratando cédulas de maneiras não-uniformes. Existe um argumento forte de que se está votando duas vezes."

Mas Savage questionou Breth no tocante à justiça de se impedir os eleitores de corrigir erros em suas cédulas. "Então o que acontece com o meu voto?", perguntou o juiz. Breth disse que ele "pode ser anulado". "Mas eu nunca tive a oportunidade" de corrigi-lo, disse Savage. "Estou perdendo meu voto."

As autoridades eleitorais replicaram que não houve violação da proteção igual da 14ª Emenda, e acusaram os requerentes de apresentarem uma ação civil de última hora para minar o direito ao voto dos eleitores.

Ação busca interromper contagem de votos em Michigan

No final da tarde, o comitê de campanha de Trump ingressou com outra ação, desta vez para interromper a contagem de votos da eleição presidencial em Michigan. "Ingressamos com uma ação hoje na Tribunal de Reclamações de Michigan para interromper a contagem até que acesso significativo seja concedido. Também exigimos uma revisão dos votos que foram abertos e computados enquanto não possuíamos acesso significativo", disseram os organizadores em um comunicado.

De acordo com a Edison Research, ainda não há um vencedor claro no Estado crucial, que possui 16 votos eleitorais. O oponente do republicano Trump, o democrata Joe Biden, possui uma pequena vantagem em Michigan, onde 92% dos votos esperados foram computados.

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