Funcionária ganha no tribunal direito de trabalhar ouvindo música nos fones
Ela havia sido aconselhada pelo médico a usar dispositivo no trabalho para diminuir o estresse

Uma mulher que trabalha no serviço público em Stockton, na Califórnia (EUA), ganhou uma ação de discriminação depois que o gerente dela tentou proibi-la de ouvir música com fones de ouvido durante o expediente.
Misbah Hanif - que sofre de ansiedade - havia acertado com os chefes que ela poderia ouvir músicas, pois isso a ajudava a relaxar.
No entanto, depois que um dos colegas reclamou da dificuldade de se comunicar com ela, porque sempre usava fones de ouvido, veio o aviso para ela parar com a prática.
Agora, um tribunal de trabalho decidiu que não permitir que ela ouvisse música “a privou de um mecanismo de enfrentamento” e concluiu que ela foi discriminada.
Um porta-voz do departamento público, o DWP, disse: “Acatamos decisão e, como um empregador comprometido e inclusivo, estamos trabalhando duro para garantir que todos os colegas sejam tratados de forma justa e compassiva.”
A audiência, realizada remotamente, foi informada de que a Sra. Hanif trabalhava como apresentadora em Stockton, Teesside, no Departamento de Trabalho e Pensões.
Depressão
Hanif sofria de depressão e ansiedade e, por isso, ficou afastada do trabalho por várias semanas no final de 2017.
Quando ela voltou ao trabalho, reuniu-se com o gerente e juntos elaboraram um “plano de volta ao trabalho”.
Entre as medidas postas em prática para ajudá-la a lidar com seus níveis de estresse, estava a solicitação para que ela pudesse ouvir música durante o trabalho.
Ela disse que o usava como um mecanismo de enfrentamento para se distrair quando estava perto de outras pessoas e lutava para controlar suas emoções.
Hanif disse que seu clínico geral concordou que era uma boa ideia e o tribunal aceitou que ouvir música a ajudou a lidar com seu estresse e ansiedade.
Após a reunião, o ela foi informada, entretanto, que dada a natureza do trabalho que ela fazia, que incluía a preparação cuidadosa dos tribunais e precisava de extrema concentração, o DWP não o permitiria.
Mas acabaram entrando em um acordo. Porém, após a reclamação de um colega, que alegou dificuldade de comunicação com ela, por causa dos fones de ouvido, o chefe tentou proibi-la de usar o dispositivo.
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