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EUA realizam terceiro ataque contra suposto navio de tráfico de drogas, diz Trump

Estadão Conteúdo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 19, que o Exército dos EUA realizou seu terceiro ataque fatal contra uma suposta embarcação de tráfico de drogas.

Em uma publicação nas redes sociais, Trump afirmou que a ofensiva matou três pessoas e foi realizada contra uma embarcação "afiliada a uma Organização Terrorista Designada que realiza narcotráfico na área de responsabilidade do USSOUTHCOM". Ele não forneceu detalhes mais precisos sobre o local do ataque ou a nacionalidade dos mortos.

O Pentágono repassou as perguntas sobre o ataque à Casa Branca, que não respondeu a um pedido de esclarecimento da Associated Press sobre a origem da embarcação.

"A inteligência confirmou que a embarcação traficava narcóticos ilícitos e transitava por uma rota conhecida de narcotráfico, a caminho de envenenar americanos", disse Trump na publicação.

O presidente americano também publicou um vídeo do ataque que mostra uma embarcação navegando em alta velocidade antes de ser atingida por dois mísseis e afundar em uma explosão.

"Foi nesse momento que os narcoterroristas perceberam que tinham errado", disse o diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, no X, em uma postagem junto ao vídeo.

Trump anunciou na segunda-feira que o exército americano havia realizado um ataque a um barco que supostamente transportava drogas da Venezuela. O ataque também matou três pessoas a bordo.

Isso ocorreu após outra ofensiva militar em 2 de setembro contra o que o governo Trump disse ser uma lancha rápida que transportava drogas, que matou 11 pessoas. O presidente americano alegou que o barco era operado pela gangue Tren de Aragua, que foi listada pelos EUA como organização terrorista estrangeira no início deste ano.

O governo Trump justificou a ação militar como uma escalada necessária para conter o fluxo de drogas para os Estados Unidos.

No entanto, vários senadores, democratas e alguns republicanos, bem como grupos de direitos humanos, questionaram a legalidade da ação de Trump. Eles a veem como um potencial abuso de poder executivo, em parte porque as forças armadas foram usadas para fins de aplicação da lei.

O governo Trump ainda não explicou como os militares avaliaram a carga do barco e determinaram a suposta filiação dos passageiros a gangues antes dos ataques às embarcações. As ofensivas ocorrem após um aumento das forças marítimas americanas no Caribe.

Na Venezuela, alguns especulam se os ataques fazem parte de um plano para tentar derrubar o ditador Nicolás Maduro. Maduro afirmou, após o primeiro ataque dos EUA, que um vídeo americano divulgado por Trump foi criado com inteligência artificial.

O ditador venezuelano criticou novamente os Estados Unidos no início desta semana, acusando o governo Trump de usar acusações de tráfico de drogas como desculpa para uma operação militar cujas intenções são "intimidar e buscar uma mudança de regime" no país sul-americano.

Na sexta-feira, horas antes da publicação de Trump sobre o novo ataque, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, disse que há "uma guerra não declarada".

"Você pode ver como pessoas, sejam elas traficantes de drogas ou não, foram executadas no Mar do Caribe", afirmou Padrino López durante uma avaliação dos exercícios militares que começaram esta semana com 2,5 mil soldados na ilha caribenha de La Orchila.

"Executados, sem direito a defesa", insistiu o ministro, questionando por que os barcos, supostamente originários da Venezuela, não foram interceptados antes de serem atacados.

"Com tanta tecnologia e tanto poder e não conseguir interceptar um navio nas águas do Mar do Caribe...", disse ele.

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