Estudo afirma que não há evidências que indiquem necessidade da vacina de reforço
Segundo revisão, a proteção de duas doses é tão alta que a terceira dose não traz benefício claro

Ainda não há evidências para apoiar a distribuição das vacinas de reforço da covid para toda a população, concluiu uma importante revisão científica. Os especialistas que escreveram na prestigiada publicação Lancet admitiram que pode haver "algum ganho" com a administração de doses complementares. As informações foram divulgadas pelo Daily Mail.
Mas eles insistiram que a proteção de duas doses é tão alta - incluindo contra a cepa Delta, que é mais infecciosa - que atualmente a terceira dose não é necessária.
Eles disseram que as doses extras deveriam ser dadas aos não vacinados, em países pobres, que estão ficando para trás na imunização global.
Israel já administrou a terceira dose, que os cientistas dizem ter interrompido o ataque de Delta e a quarta onda do país. Isso fez com que o Reino Unido fizesse o mesmo. No Brasil, pessoas idosas então recebendo a dose de reforço, porque perdem com mais rapidez os anticorpos.
Uma equipe de especialistas internacionais, incluindo o epidemiologista Richard Peto, da Universidade de Oxford, bem como funcionários da Organização Mundial da Saúde e da US Food and Drug Administration (FDA), analisaram as evidências disponíveis de ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais publicados em periódicos revisados por pares.
Os estudos revelaram que as vacinas ainda eram altamente eficazes contra doenças graves, incluindo as provocadas por todas as principais variantes do vírus.
As vacinas foram até 95 por cento eficazes na prevenção de doenças graves, embora alguma proteção contra infecções tenha diminuído com o tempo.
Diminuição
As vacinas foram consideradas menos eficazes contra doenças assintomáticas e transmissão do que contra doenças graves.
Mas mesmo em populações com alta cobertura de vacinas, a minoria não vacinada ainda é a principal causa de transmissão e corre o maior risco de doenças graves, disseram os especialistas.
E a equipe observou que, mesmo que a proteção dos anticorpos diminua com o tempo, isso não significa necessariamente que a proteção contra doenças graves causadas pelo vírus também cairá.
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