Estados Unidos mudam estratégia com Israel e pedem cessar-fogo imediato

É a primeira vez que apresentará projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU para pedir um "cessar-fogo imediato" em Gaza

AFP
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O governo dos Estados Unidos apresentou pela primeira vez um projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU para pedir um "cessar-fogo imediato" em Gaza, afirmou o secretário de Estado, Antony Blinken, que nesta quinta-feira tentará, no Egito, negociar uma trégua entre Israel e Hamas.

"Nós temos uma resolução que apresentamos agora, que está ante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que pede um cessar-fogo imediato ligado vinculado à libertação dos reféns, e esperamos sinceramente que os países apoiem", declarou Blinken ao canal Al Hadath, durante uma visita à Arábia Saudita.

A resolução enviaria um "sinal forte", acrescentou o chefe da diplomacia americana, que até agora vetou as outras iniciativas com pedidos de trégua apresentadas no Conselho de Segurança, e na quarta-feira mudou de posição.

Cessar-fogo é defendido para haver ajuda humanitária

O texto, ao qual a AFP teve acesso, destaca a "necessidade de um cessar-fogo imediato e duradouro para proteger os civis de todas as partes e permitir o fornecimento de ajuda humanitária" e a libertação dos reféns israelenses. Ainda não foi formalizada uma data para a votação no Conselho de Segurança.

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O anúncio aconteceu durante uma viagem de Blinken pelo Oriente Médio para pressionar por uma trégua em Gaza. A viagem começou na quarta-feira na Arábia Saudita, continua nesta quinta-feira no Egito e o levará na sexta-feira a Israel.

A preocupação internacional aumenta diante da ameaça de fome e do crescente número de vítimas em Gaza, com os persistentes bombardeios israelenses.

"Estávamos dormindo quando ouvimos uma grande explosão. Corremos na direção da área devastada e foi como se tivesse sido atingida por um terremoto", disse Mahmoud Abu Arar, um deslocado de Rafah, uma cidade no extremo sul de Gaza onde 1,5 milhão de pessoas estão aglomeradas.

Entenda como a guerra Israel x Hamas começou

A guerra começou em 7 de outubro com um ataque de milicianos islamistas que mataram 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram mais de 250 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Israel afirma que 130 reféns continuam retidos em Gaza, dos quais 33 teriam sido mortos.

Em represália, Israel iniciou uma ofensiva aérea e terrestre contra Gaza, com o objetivo de "aniquilar" o Hamas, considerado uma organização terrorista pelo governo israelense, assim como por Estados Unidos e União Europeia.

A operação militar deixou mais de 31.988 mortos, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas.

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