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Enquanto Bolívia se prepara para 2º turno, esquerda fica fora do Congresso, indica projeção

Estadão Conteúdo

O Congresso da Bolívia apresentou uma configuração inédita após as eleições gerais de domingo, 17. O partido de esquerda Movimento ao Socialismo (MAS), que governou a Bolívia durante 20 anos, primeiro com Evo Morales e depois com Luis Arce, ficou de fora tanto do Senado quanto da Câmara de Deputados, abrindo espaço para outras forças políticas e criação de novas alianças.

De acordo com dados da Captura Consulting SRL para o jornal boliviano El Deber, o Partido Democrata Cristão (PDC), de Rodrigo Paz, conquistou 15 senadores, consolidando a posição como a principal força parlamentar. Já a Aliança Liberdade e Democracia (Libre), de Jorge Quiroga, ficou em segundo lugar, com 12 cadeiras, enquanto a aliança Unidade, liderada por Samuel Doria Medina, conquistou oito senadores.

Enquanto isso, Manfred Reyes Villa (APB-Súmate) ganhou uma cadeira, e o resto das forças políticas - incluindo o Movimento ao Socialismo (MAS) de Eduardo Del Castillo, a Aliança Popular de Andrónico Rodríguez, a Força Popular de Jhonny Fernández e o ADN de Pavel Aracena - não conseguiram representação no Senado.

A amostra utilizada foi construída a partir de 567 seções eleitorais, representando 131.786 eleitores elegíveis. De acordo com o El Deber, embora os dados não sejam resultados oficiais, eles fornecem um panorama inicial do equilíbrio de poder no Senado, onde, pela primeira vez em muitos anos, o partido MAS ficou ausente.

Na nova configuração, o PDC de Rodrigo Paz em maioria parlamentar, tem o poder de propor o próximo presidente do Senado. No entanto, os números mostram que nenhum partido pode garantir a aprovação de leis, já que em alguns casos é necessária maioria simples e, em outros, dois terços dos votos.

Dessa forma, para garantir a governabilidade, o PDC terá que firmar acordos com outras forças.

PDC e Livre controlarão a Câmara dos Deputados, mas precisarão de acordos

O cenário político na Câmara dos Deputados da Bolívia também mudou drasticamente. O MAS, que detinha a maioria, ficou sem nenhum representante enquanto o PDC conquistou 51 cadeiras e a Aliança Livre, 43, segundo informações do El Deber.

Nenhum partido chegou à maioria absoluta de 66 cadeiras, muito menos aos dois terços necessários para reformas mais profundas. Assim, a governabilidade também dependerá de acordos parlamentares.

A Bolívia se prepara para escolher seu novo presidente em 19 de outubro, no segundo turno das eleições. Participarão os vencedores do primeiro turno, Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), e Jorge Quiroga, da Aliança Livre.

O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) deve oficializar a convocatória no dia 31 de agosto, dando início ao calendário de sorteio de jurados, propaganda eleitoral e preparação das mesas de votação.

A ausência do MAS, que durante anos dominou o cenário político, abre uma nova etapa no país marcada por fragmentação e acordos obrigatórios, enquanto a Bolívia se prepara para escolher seu próximo presidente em uma segunda rodada decisiva.

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