Empresa transforma dissecação de corpo humano em show e cobra ingressos de R$ 2,7 mil

Para Elsie Saunders, esposa do homem, o uso do corpo foi horrível e antiético

O Liberal

Uma empresa que comprou um corpo humano e organizou sua dissecação pública virou alvo de polêmica após realizar a dissecação e cobrar ingresso para que espectadores pudessem acompanhar. As informações são do jornal NBC29.

A organização disse que tinha um contrato dizendo que o corpo poderia ser usado para a educação. Ainda, que sua "aula de laboratório de cadáveres" era apropriadamente educacional, apesar das críticas da viúva do homem, um veterano de guerra, de 98 anos.

A Death Science relatou que não tem nenhuma informação sobre o homem cujo corpo foi dissecado em 17 de outubro em Portland, Oregon (EUA), com ingressos vendidos por meio de uma "Exposição de Estranhezas e Curiosidades" separada. O homem era identificado por uma pulseira como David Saunders, de Baker, Louisiana, também nos Estados Unidos.

Para Elsie Saunders, esposa do veterano da Segunda Guerra Mundial e da Guerra da Coreia, o uso do corpo foi horrível e antiético. “Tenho toda essa papelada que diz que seu corpo seria usado para a ciência - nada sobre essa comercialização de sua morte", destacou.

A Death Science respondeu dizendo que seu contrato com o Med Ed Labs de Las Vegas certifica que “o cadáver fornecido foi doado para fins de pesquisa, médicos e educacionais”.

“Meu objetivo era criar uma experiência educacional para pessoas que têm interesse em aprender mais sobre a anatomia humana. Entendemos que este evento causou estresse excessivo para a família e pedimos desculpas por isso”, escreveu Jeremy Ciliberto, consultor de comunicação do grupo.

O consultor afirmou que a Death Science pagou mais de R$ 54 mil pelo cadáver. Cerca de 70 pessoas pagaram de R$ 549 a R$ 2,7 mil para comparecer à dissecação. O valor do ingresso dependia se fosse para acompanhar a apresentação virtualmente ou pessoalmente, da localização do assento e se estiveram assistindo durante um dia inteiro ou meio dia, informou a nota.

“O Med Ed Labs forneceu o cadáver, forneceu ao anatomista (o indivíduo que instruiu e conduziu a aula), ferramentas e equipamentos para o procedimento, um laudo sorológico preenchido, reservou o local para o curso e foi responsável pelo manuseio do cadáver antes, durante e depois do evento”, completou a Death Science.

O gerente do Med Ed, Obteen Nassiri, disse que não sabia que as pessoas iriam comprar ingressos. Ele conta que a Death Science tinha prometido que tudo seria profissional.

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