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Dia da Mentira: mentira faz mal à saúde? Veja o que diz a ciência

Pesquisas mostram a relação da mentira com a saúde mental

Hannah Franco
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A mentira é um fenômeno comum e presente no dia a dia, desde pequenas invenções até grandes omissões. O ato ganha destaque no 1º de abril, o Dia da Mentira, marcado por piadas e brincadeiras. Mas será que mentir pode ter efeitos negativos na saúde? A ciência ajuda a entender essa relação complexa.

Os motivos para mentir são diversos, desde proteger-se de punições até obter vantagens pessoais. Em maior ou menor grau, todos mentimos, pois a mentira é um ato instintivo que funciona como estratégia de preservação social. Além disso, existe um circuito cerebral específico para essa ação, capaz de criar um fato falso e, ao mesmo tempo, ter noção dos perigos da inverdade e isso pode fazer mal à saúde.

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O que diz a ciência?

Especialistas consideram a mentira um comportamento normal do ser humano, às vezes necessário para a vida em sociedade. No entanto, o hábito de mentir em excesso pode esconder doenças psíquicas. Pesquisas indicam uma relação significativa entre a mentira e problemas de saúde física e mental.

Um estudo da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, em 2012, comprovou que dizer a verdade faz bem à saúde. A pesquisa, baseada em estudos da Associação Americana de Psicologia, revelou que cada norte-americano mente 11 vezes por semana. A análise concluiu que as pessoas que mentiam menos eram mais saudáveis, menos estressadas e, consequentemente, sofriam menos com dores de cabeça e problemas de garganta.

O estudo, chamado de "A ciência da honestidade", revela que a maioria das mentiras do dia a dia são desculpas para explicar atrasos, justificar tarefas incompletas ou exagerar realizações e talentos pessoais.

Pesquisadores acreditam que a mentira surgiu com a linguagem como forma de evolução. "Mentir é fácil se comparado a outras formas de ganhar poder", disse Sissela Bok, especialista em ética da Universidade Harvard, à revista National Geographic. "É muito mais fácil mentir para tirar dinheiro de alguém do que agredi-la ou roubar um banco."

Ao longo da história, a mentira também serviu como "uma necessidade evolutiva para nos proteger do mal", diz Michael Lewis, professor de Pediatria e Psiquiatria da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos. O pesquisador também acredita que mentir é importante para as relações sociais.

*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de OLiberal.com)

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