Chefe de direitos humanos da ONU critica Arábia Saudita por decapitação de 37 homens

Ao menos três eram menores de idade quando foram condenados

Reuters

A chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) criticou nesta quarta-feira a decapitação de 37 cidadãos sauditas em todo o reino nesta semana, dizendo que a maioria era de muçulmanos da minoria xiita que podem não ter tido julgamentos justos e que ao menos três eram menores de idade quando foram condenados.

A Arábia Saudita, que na terça-feira disse que realizou as execuções devido a crimes de terrorismo, está sendo cada vez mais questionada globalmente por seu histórico de direitos humanos desde o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado de Istambul no ano passado e da detenção de ativistas dos direitos das mulheres.

"É particularmente repugnante que ao menos três dos mortos fossem menores de idade no momento de sua condenação", disse a Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, em um comunicado emitido em Genebra.

Ela disse que enviados da ONU expressaram preocupação com a ausência do devido processo legal e de garantias de julgamentos justos em meio a alegações de que as confissões foram obtidas por meio de tortura.

Na noite de terça-feira, a Anistia Internacional disse que a maioria dos que foram executados em seis cidades pertenciam à minoria xiita e que foram condenados em "julgamentos de fachada", incluindo ao menos 14 pessoas que participaram de protestos antigoverno na Província Oriental do país rico em petróleo em 2011 e 2012.

A entidade disse em um comunicado que um deles, Abdulkareem al-Hawaj, foi preso quando tinha 16 anos, o que torna sua execução uma "violação flagrante da lei internacional".

Sediada em Londres, a Anistia disse que 11 dos executados foram condenados por espionar para o arquirrival de Riad, o Irã muçulmano xiita, e sentenciados à morte em 2016.

O gabinete de imprensa do governo saudita não respondeu de imediato a um pedido de comentário feito pela Reuters sobre as colocações de Bachelet ou o relatório da Anistia.

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