Cerca de 600 muçulmanos morrem devido ao calor durante peregrinação à Meca
A manifestação religiosa, chamada de Hajj, reúne por volta de dois milhões de fiéis anualmente na Arábia Saudita

Cerca de 600 muçulmanos morreram devido ao calor durante peregrinação à Meca, na Arábia Saudita. Chamada de Hajj, a manifestação religiosa iniciou na sexta-feira, 14. A temperatura, prevista para atingir 48 °C, chegou a 51,8 °C na sombra da Grande Mesquita, segundo a TV estatal saudita.
VEJA MAIS
Conforme informações de diplomatas na Arábia Saudita, há 577 mortos, sendo 323 egípcios. Aproximadamente 60 jordanianos morreram e estima-se que existam vítimas da Turquia, Indonésia, Irã e Senegal. Autoridades locais afirmam que os óbitos são causados por doenças ligadas à exposição ao calor. Os dados foram repassados à agência de notícias internacional AFP.
Ainda não se sabe quando as mortes começaram, se aconteceram antes ou depois do início do Hajj, visto que alguns peregrinos chegaram ao local antecipadamente. A Arábia Saudita recebeu cerca de 1,8 milhões de pessoas durante a peregrinação nesse ano, sendo a maioria estrangeira.
O país não se manifestou a respeito das mortes, que não são incomuns durante a peregrinação. No domingo, 16, o Ministério da Saúde registrou 2,7 mil casos de exaustão por calor. Dados da Indonésia, divulgados nessa terça-feira, 18, apontaram a morte de 144 cidadãos indonésios que estavam no Hajj.
VEJA MAIS
No Islã, o Hajj à Meca é um dos cinco pilares. A religião determina que a pessoa muçulmana, se tiver condições, deve fazer a peregrinação pelo menos uma vez na vida. Essa é uma das maiores manifestações religiosas do mundo e reúne cerca de dois milhões de fiéis.
(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA