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Biden pretende doar 500 milhões de doses para países de baixa renda

Imunizantes serão distribuídas pelo consórcio Covax, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS)

Agência Estado
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O presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu nesta quarta-feira (9) comprar 500 milhões de doses da vacina da Pfizer para doar a 92 países de baixa renda nos próximos dois anos. Segundo a imprensa americana, Biden deve fazer o anúncio em discurso antes do início da cúpula do G-7, no Reino Unido.

Segundo jornais americanos, 200 milhões de doses serão compartilhadas este ano, com o restante a ser doado no primeiro semestre de 2022. As vacinas serão distribuídas pelo consórcio Covax, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), e estão sendo compradas a preço de custo.

Ontem, Biden voou para a Europa para sua primeira viagem ao exterior como presidente. "Tenho um plano e vou anunciá-lo", disse ao embarcar no avião presidencial. Albert Bourla, CEO da Pfizer, deve estar presente durante o anúncio de hoje. A estratégia é uma forma de responder às críticas de que os EUA e a Europa estão se esforçando pouco para reduzir o abismo entre os programas de imunização de nações ricas e pobres.

"Os EUA estão trabalhando com os parceiros do G-7 em um esforço maior para ajudar a acabar com a pandemia, para que as democracias do mundo ajudem as pessoas em todos os lugares. E teremos mais a dizer sobre isso na reunião do G-7", disse Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional de Biden.

A cúpula do G-7 apresenta vários desafios diplomáticos para a Casa Branca, que busca restaurar a presença internacional dos EUA. As infecções vêm aumentando em países em desenvolvimento, o que levou especialistas a denunciar um "apartheid de vacinas" no mundo. Na África, menos de 2% da população recebeu uma dose de vacina, em comparação com mais de 50% no Reino Unido.

Até agora, Biden teve de se equilibrar entre a necessidade de vacinar os americanos e ajudar o restante do mundo, contendo a diplomacia das vacinas de China e Rússia. A decisão dos EUA de apoiar a quebra das patentes de imunizantes criou novas tensões com a União Europeia, que criticou a ideia. Na semana passada, os europeus ofereceram uma contraproposta que preservaria a propriedade intelectual das empresas farmacêuticas, criando novo atrito com os EUA.

Ontem, mais de 200 figuras proeminentes, incluindo ex-chefes de Estado e de governo, pediram que os EUA gastem US$ 44 bilhões (R$ 222 bilhões) para ajudar a vacinar países pobres. "É hora de tomar uma grande decisão", disse Gordon Brown, ex-primeiro-ministro do Reino Unido. "Seria uma falha moral catastrófica e imperdoável se não tivéssemos um plano para vacinar o mundo neste fim de semana."

A Casa Branca já reconheceu que sua resposta atual é insuficiente para acabar com a pandemia. Sullivan e outras autoridades americanas prometem anunciar a doação de mais doses, ajudar a aumentar a capacidade de produção global e tomar outras medidas para liderar a resposta mundial ao coronavírus.

"Os EUA estão entrando no G-7 em uma posição boa", disse Jeff Zients, conselheiro de Biden para assuntos ligados à pandemia. "O presidente usará esse impulso para reunir as democracias do mundo em torno da resolução desta crise global, com os EUA liderando o caminho para criar um arsenal de vacinas que será fundamental na luta global contra a covid", acrescentou.

"Esta é a crise mais severa de nosso tempo", disse John Nkengasong, diretor do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças. "E a história vai se lembrar de nós se fizermos as coisas certas e rapidamente."

(Com agências internacionais)

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