Jovem 'morto' aparece no próprio velório e causa desespero; entenda
A confusão começou após o corpo ser liberado sem perícia técnica; saiba a identidade da vítima real
Um erro de identificação gerou caos e desespero durante um velório na Argentina, mobilizando as autoridades locais. Um homem, de 22 anos, que havia sido dado como morto por engano, surgiu vivo em sua própria cerimônia fúnebre na província de Tucumán. O caso expôs graves falhas no processo de reconhecimento de corpos e forçou o Ministério Público a abrir uma investigação.
O falso "morto" e a confusão
A confusão começou em 18 de setembro, quando um corpo não identificado (registrado como "N.N.") foi encontrado na cidade de Alderetes, inicialmente tratado como vítima de atropelamento. O cadáver foi encaminhado à Morgue Judicial, local onde são guardados temporariamente cadáveres, de Tucumán.
Dias depois, uma mulher, procurando pelo filho desaparecido, procurou a morgue e afirmou que as roupas e características físicas eram de seu familiar. O erro crucial: o corpo foi liberado para a família sem exames de DNA ou identificação por impressões digitais.
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O velório foi realizado em Villa Carmela. No auge da cerimônia, o jovem de 22 anos, o suposto falecido, entrou no local. Ele explicou, posteriormente, que havia passado dias em Alderetes usando drogas, sem entrar em contato com a família, e não sabia que havia sido declarado morto. Testemunhas relataram tumulto e desespero entre os presentes.
Falha no reconhecimento de corpos: Quem é a vítima real?
Com a aparição do jovem, o corpo que estava sendo velado foi imediatamente recolhido pelas autoridades. A investigação foi retomada para descobrir a verdadeira identidade da vítima.
Segundo o site "What's The Jam", o corpo foi identificado como sendo de Maximiliano Enrique Acosta, de 28 anos, morador da cidade vizinha de Delfín Gallo. A Morgue Judicial informou que conseguiu localizar a família de Maximiliano, e seu funeral foi realizado dias depois.
Hernán, irmão de Maximiliano, expressou sua indignação com o procedimento: "Tudo estava errado desde o início. Primeiro, entregaram o corpo sem identificação adequada. Não deveríamos passar por isso depois de tudo o que sofremos."
Ministério público investiga falhas
O promotor Carlos Sale classificou o caso como homicídio culposo e determinou uma rigorosa apuração das falhas procedimentais que permitiram o erro. O foco da investigação é entender por que o corpo foi liberado sem perícia técnica e quem autorizou o reconhecimento baseado apenas em observação visual.
O escândalo em Tucumán se aprofundou com a revelação de um segundo caso de erro de identificação semelhante na mesma instituição, levantando sérias questões sobre a segurança e a eficácia dos protocolos da Morgue Judicial da Argentina.
(Riulen Ropan, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)
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