Tetra 25 anos: Márcio Santos destaca influência de Senna na conquista Ex-zagueiro também ressalta que o treinador Carlos Alberto Parreira ia deixar o cargo após derrota histórica para a Bolívia nas eliminatórias Lance 12.07.19 8h25 Márcio Santos foi titular em todas as partidas do Tetra (Reprodução) 24 de junho de 1994, Estados Unidos. O Brasil enfrentaria Camarões e precisava da vitória para ficar mais tranquilo na tabela em busca da classificação. Em uma partida cheia de gols, destaque para um defensor. Márcio Santos fez seu único gol naquela Copa do Mundo contra os camaroneses e ajudou a construir o triunfo por 3 a 0. Em entrevista ao LANCE!, o ex-jogador, que foi titular em todas as partidas do Tetra, relembrou as dificuldades das Eliminatórias ("Parreira ia sair"), revelou a influência de Ayrton Senna na conquista da competição e celebrou o tento marcado. - Estava escrito nas estrelas. Quantos jogadores passaram pela Seleção e não foram campeões? Tinha que ser comigo. Eu joguei as Eliminatórias inteira e fui considerado um dos melhores jogadores. Antes da chegada do Parreira, eu já estava na Seleção desde 90. Joguei a Copa com 23 anos. Na minha posição, desde o amador, eu sempre fui considerado um dos melhores zagueiros. A INFLUÊNCIA DE SENNA A vitória tranquilizou o Brasil no Grupo B, que chegou aos seis pontos e praticamente selou a classificação. A tranquilidade, entretanto, não era um sentimento vigente no país. A pressão de ficar 24 anos sem um título mundial era enorme, tanto pela imprensa quanto por parte dos torcedores. Ídolo brasileiro, Ayrton Senna deu o pontapé inicial em um amistoso do Brasil com um combinado de PSG/Bordeaux, em 1993. Tricampeão mundial, o piloto também buscava o tetra e acalentou a Seleção. - Ele brincou com a gente: 'Esse ano vocês vão ser tetra'. Ele também tinha condições de ser campeão do mundo e faleceu logo em seguida (no dia 1 de maio de 1994, meses antes da conquista). Isso deu uma injeção de ânimo muito grande. A gente entrava em campo, com o Brasil de luto e isso fortaleceu nossas energias: não tínhamos medo de enfrentar ninguém, nem se saíssemos atrás do placar. Nada abalava a gente. SAÍDA DE PARREIRA Antes mesmo da Copa começar, o Brasil poderia ter perdido seu treinador. A derrota para a Bolívia, por 2 a 0, nas Eliminatórias, em 1993, aumentou ainda mais a pressão em cima do Brasil. Fazia 40 anos que a Seleção não perdia para a seleção boliviana. Marcio Santos revelou que o técnico Parreira ia abandonar o cargo, mas os jogadores se uniram e convenceram o treinador a ficar. - A pressão realmente era grande. Logo depois do jogo, pegamos um avião fretado e fomos para Teresópolis (Granja Comary), chegamos de madrugada. O Parreira queria abandonar a Seleção. Nós nos reunimos com ele e falamos: "Você vai ficar com a gente". A partir daí o grupo ficou superunido. Ele estava decidido a sair. As Eliminatórias é muito mais difícil que uma Copa do Mundo, a rivalidade é muito grande. Tem gente tacando rojão, não te deixam dormir no hotel. Na Copa não tem a pressão de uma eliminatória. A PARTIDA Camarões contava com um dos grandes jogadores de sua história, o atacante Roger Milla. O Brasil, porém, foi superior desde o início. Romário abriu o placar, após grande jogada de Dunga. O terceiro gol foi marcado por Bebeto, já no fim do segundo tempo. Marcio Santos recebeu cruzamento de Jorginho e mergulhou na área para fazer o segundo tento. O ex-jogador relembrou que a bola aérea era muito treinada por Parreira e contou que ter jogado vôlei na infância o ajudou em ser zagueiro. - Era uma jogada que a gente treinava bastante, desde a preparação. Treinávamos sempre esse tipo de jogada. Naquela época, eu tinha a maior impulsão entre todos os jogadores que disputaram a Copa do Mundo pela Seleção. Isso sempre me facilitou muito. Antes de jogar futebol eu joguei vôlei, em São Paulo e isso me ajudou muito. O Parreira sabia disso, ele sempre fazia esse tipo de jogada comigo. Não deu outra. PREDESTINADO Outro fator interessante era a relação do zagueiro com o goleiro Joseph Bell. O camaronês, na época, vestia a camisa do Saint-Etienne e Marcio defendia o Bordeuax. Os jogadores se enfrentavam diversas vezes no Campeonato Francês e sempre tinha gol do brasileiro. - Eu sempre dei sorte em fazer gol nele. Eu até brinco que antes de jogo ele pensou: "Eu não sei quanto vai ser o jogo, mas o Marcio vai fazer um gol. Na véspera do jogo, nós treinamos exaustivamente esse tipo de jogada. Fazer gol na Copa do Mundo não tem como explicar - finalizou. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes futebol futebol jornal amazônia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Esportes . Desculpe pela interrupção. 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