Remo busca novo técnico com missão de elevar desempenho e superar desafios no restante da Série B

Próximo comandante azulino encontrará equipe ajustada, mas com cobranças por resultados fora de casa, variação tática e gestão de elenco reforçado.

Iury Costa
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Há uma semana sem técnico, o Clube do Remo ainda busca um substituto para Daniel Paulista em meio à disputa da Série B de 2025. Enquanto isso, o interino Flávio Garcia comanda a equipe — e ganhou apoio da torcida e do elenco após a virada por 2 a 1 sobre o Operário, na rodada passada.

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Atualmente na 5ª colocação da competição, o Remo briga diretamente por uma vaga no G4 e mantém viva a expectativa de acesso à Série A. O próximo treinador encontrará um elenco formado, com padrão tático estabelecido, mas também será desafiado a corrigir pontos de atenção que têm interferido no desempenho da equipe — como o baixo rendimento fora de casa, a dificuldade em construir placares mais elásticos e a manutenção do ambiente positivo no vestiário em meio à pressão por resultados.

Jornalistas e comentaristas do Grupo Liberal analisaram os principais desafios do futuro novo técnico azulino.

Estilo de liderança e repertório tático

Para o colunista Carlos Ferreira, o novo comandante precisa manter a linha de liderança vista nos trabalhos de Daniel Paulista e Rodrigo Santana. Ele destaca que, embora o time tenha um modelo de jogo bem definido, será necessário ampliar o repertório tático para manter a competitividade na reta final da Série B.

“O Remo tem uma formatação, um modelo de jogo, tudo muito bem definido. Então, esse novo técnico vai precisar abrir repertório. Todos os times precisam criar alternativas. O grande desafio é elevar o padrão da equipe para alcançar o acesso. Mais do que manter, é enriquecer o time com alternativas e mentalidade estruturante”, avaliou Carlos.

Ele também ressalta que assumir um clube em boa fase aumenta a cobrança: “É diferente de pegar um time em baixa. Quando o time está em alta, a responsabilidade é maior. Ele terá tudo na mão e a exigência será proporcional”, afirma.

Pressão por resultados imediatos e ambiente local

O jornalista e apresentador Paulo Fernando aponta que o treinador precisa estar consciente do cenário cultural e da intensidade do futebol paraense. Segundo ele, a pressão exercida por torcida e imprensa é comparável à de grandes centros do país, o que exige preparo emocional e inteligência estratégica para lidar com a rotina.

“Treinar Remo e Paysandu é como treinar Corinthians ou Palmeiras. Se estiver ganhando, tudo certo. Se não, a pressão vem forte. O treinador tem que entender onde está pisando. Chegar tentando mudar tudo pode ser um erro. O Remo tem um problema claro: não consegue vencer fora de casa. Isso exige postura diferente do treinador”, destacou Paulo.

Ele também defende que o time precisa ter uma mentalidade mais ofensiva como visitante: “Meu time jogaria dentro e fora do mesmo jeito. Não posso chegar fora e me acuar. O Remo precisa mudar essa postura para crescer”.

image Vitória do Remo sobre o Operário (Igor Mota / O Liberal)

Gestão de elenco e desempenho sob expectativa

Para o jornalista comentarista Mathaus Pauxis, a chegada de um treinador mais experiente pode gerar expectativas maiores e, com isso, elevar a pressão por resultados imediatos. Ele aponta que a montagem de elenco também será um ponto sensível a ser gerido com equilíbrio.

“Há expectativa de um nome grande, possivelmente com passagem pela Série A. Isso traz uma cobrança maior. O Remo fez um dos maiores investimentos dos últimos anos, e o desempenho precisa acompanhar”, comentou Mathaus.

Ele cita a necessidade de uma gestão cuidadosa no ataque, onde já há nomes de peso como Vizeu, Davó e Adailton, disputando posição. Além disso, aponta fragilidades defensivas a serem corrigidas: “O Remo é o time com mais chutes sofridos e o goleiro Marcelo é o que mais defendeu na Série B. Isso exige ajuste no sistema defensivo”, explica.

Mathaus também alerta para a oscilação nos jogos em casa contra adversários considerados mais fracos, como o empate com o Volta Redonda e o desempenho irregular diante do Coritiba: “Qualquer mudança que não funcione na engrenagem atual será cobrada. A expectativa é alta e o treinador vai precisar entregar desempenho e resultado desde o início”.

Desafios claros para o novo técnico

O próximo treinador do Remo assume com o desafio de manter o bom ambiente do elenco, ampliar o repertório tático, administrar um grupo recheado de nomes conhecidos e, acima de tudo, apresentar resultados consistentes. A campanha até aqui foi construída com equilíbrio, mas a sequência da Série B exige mais: variação de estratégias, vitórias longe de Belém e desempenho convincente em casa.

Enquanto a diretoria trabalha nos bastidores para definir o novo comandante, o torcedor azulino segue atento ao próximo passo do clube, que mira alto e não esconde o objetivo: voltar à elite do futebol brasileiro.

 

*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Caio Maia, coordenador do Núcleo de Esportes)

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