Meia é procurado pela diretoria do Remo e admite que pode retornar na Série C

A diretoria do Remo busca no mercado um meia e um zagueiro para compor o elenco de 2019. Um dos nomes que estavam na lista do técnico João Neto para permanecer no clube era o do meia Rodriguinho, que assinou com Khorfakkan dos Emirados Árabes Unidos. Em entrevista exclusiva ao OLiberal.com, o meia abriu o coração, disse que está com saudade do Remo, da torcida e da cidade, mas falou que, no momento, não pode deixar o clube onde atua.

Rodriguinho, de 31 anos, atuou pelo Leão Azul em 2018 em 15 jogos e marcou três gols. O jogador, que ganhou a posição na reta final da Série C quando o clube estava brigando contra o rebaixamento, comentou sobre o Leão e estipulou um prazo para retornar ao clube.

“Eu fui procurado pela diretoria, mas não posso dar minha palavra 100% que eu estou voltando. Tenho o desejo e um sentimento de retorno. Vamos ver, já tivemos o primeiro contato. Não tem como eu voltar agora, pois a janela de transferência está fechada, então, se eu saio no meio da competição, o clube aqui fica com menos um estrangeiro e isso faz muita diferença. A possibilidade de volta agora é remota, é perto de zero. Para a Série C é diferente. Há essa possibilidade de volta sim”, comentou Rodrigo.

No primeiro jogo da final, Rodriguinho marcou o gol da vitória sobre o Paysandu. Relembre abaixo!

DIFICULDADES DE RETORNO

O meia Rodriguinho disse que a situação não é tão simples e que requer maturidade ao pensar em retorno ao Remo.

“Sempre quando alguém me pergunta em relação a minha volta, eu preciso ser bem pé no chão. Tenho contrato até o dia 20 de maio, mas o último jogo é dia 26 de abril, se não houver mais mudanças de datas no campeonato. Então, temos essas duas datas, a data do término do contrato e a data do último jogo”, disse.

PACIÊNCIA COM O ATUAL ELENCO

O jogador teve um início de temporada complicado no Remo, na época comandado pelo técnico Ney da Matta. Resultados insatisfatórios fizeram o treinador cair e o clima no Baenão em 2018 não ficou agradável. O jogador criticou que o clube não tenha mantido a base e disse que o momento é de ganhar corpo durante a competição.

“Eu estou acompanhando os resultados pelas redes sociais, vi que realmente deu uma desandada nessa última semana. Eu sei que a torcida não tem paciência mas precisa pensar que o time está ganhando corpo, que este início está bem semelhante ao começo do ano passado. É difícil ter um padrão no começo da temporada, ainda mais em um time que não manteve a base. Se tivesse mantido era outra coisa, ficaram pouquíssimos jogadores. Do meio para frente ninguém, o jogador mais adiantado que permaneceu foi o Dedeco”,falou.

Rodriguinho construiu grande identificação com o Remo (Akira Onuma / O Liberal)

IDENTIFICAÇÃO E CARINHO PELO CLUBE

Rodriguinho passou dez meses em Belém, tempo suficiente para criar uma identidade com o torcedor azulino e com a cidade. O jogador comentou que o futebol é muito mais que dinheiro, que se sente em casa atuando pelo Remo e que a saudade bate forte.

“Mesmo com pouco tempo de clube eu me identifiquei muito e quando isso acontece a gente sente falta, sim. Sinto falta da torcida, de jogar no Mangueirão, aqui no Mundo Árabe não tem esse calor do torcedor como tem em Belém. Sem dúvida nenhuma isso é uma das coisas que nós sempre buscamos, lá atrás, com 15, 16 anos. O futebol não é só dinheiro, não é fama, futebol é um conjunto de coisas dentre elas está esse calor humano, essa sensação de fazer a alegria de milhares de pessoas. Eu senti isso de uma forma muito positiva e legal, mesmo sendo um tempo duro, de o time lutar contra o rebaixamento, foi um tempo difícil, mas no final saímos honrados e pude dar minha contribuição junto com o Netão, jogadores e funcionários”, contou.

Pelo Remo, o meia Rodriguinho conquistou o título do Campeonato Paraense 2018, com direito a gol da vitória no primeiro jogo da final contra o Paysandu e foi peça importante no clube azulino na Série C, na luta contra o rebaixamento.