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Os dois que mudaram a história: Pedro Rocha e João Pedro selam o acesso do Remo

Artilheiro da Série B e herói improvável decidiram no Mangueirão: golaço de Pedro Rocha abriu o caminho, e João Pedro marcou dois para sacramentar o retorno azulino à elite após 32 anos

Igor Wilson/O Liberal

Pedro Rocha e João Pedro foram os nomes que definiram a tarde histórica em que o Remo garantiu o retorno à Série A após 32 anos. Em um Mangueirão lotado e ansioso, o gol relâmpago de Willean Lepo, do Goiás, trouxe um silêncio apreensivo ao estádio. Quando o pessimismo começava a rondar parte da torcida, Pedro Rocha, artilheiro da Série B e o jogador que costuma entrar nos jogos com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, a padroeira dos paraenses, chamou a responsabilidade quando o time parecia com medo de arriscar. Recebeu de longe, driblou dois marcadores e acertou um chute daqueles que mudam o rumo de uma temporada, correndo para o abraço e enlouquecendo o torcedor azulino. O empate ainda no fim do primeiro tempo era tudo o que o Leão precisava e recolocou o Remo no jogo, reacendendo o Mangueirão.

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A partir dali, o protagonismo se dividiu. No início do segundo tempo o Cuiabá abriu o placar contra o Criciúma, resultado que o Remo precisava para conseguir o acesso, além de vencer. O guineense João Pedro, que chegou como aposta discreta depois de uma passagem apagada por Portugal e outra pelo futebol vietnamita, assumiu o papel de herói improvável. Primeiro, completou com precisão a assistência açucarada de Pedro Rocha, virando a partida. Depois, de cabeça e também com participação de Pedro Rocha, João marcou o terceiro e transformou a tarde em um capítulo marcante na sua curta história com o clube. A contratação do atacante guineense, intermediada por Marcos Braz, encontrou seu ápice justamente no jogo que definiu o acesso.

Pedro Rocha fechou a Série B com 15 gols, artilheiro isolado com dois a mais que Carlão, da rebaixada Ferroviária, e João Pedro se consolidou como símbolo de superação, pois enfrentou críticas no início de sua trajetória, nunca sendo unanimidade, mas soube trabalhar e aproveitar a oportunidade para eternizar seu nome no clube paraense. No dia em que o Remo voltou à elite, foram eles os rostos que ficaram para a história.