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Guto Ferreira detalha saída do Remo após acesso histórico

Campeão do acesso à Série A, técnico afirma que decisão foi profissional e sem ressentimentos

O Liberal

Responsável por conduzir o Clube do Remo de volta à Série A do Campeonato Brasileiro após 31 anos, o técnico Guto Ferreira falou pela primeira vez de forma mais detalhada sobre a sua saída do clube azulino. Em entrevista ao GE nacional, o treinador comentou sua relação com o clube e e a saída frustrante para a torcida. Em 10 jogos no comando, Guto teve sete vitórias e deixou um trabalho marcado pelo acesso, que acabou não renovado pela diretoria.

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“Não é o que você quer, é o que está reservado para você”, afirmou Guto ao comentar o período pós-Remo. Segundo ele, as conversas sobre novos trabalhos ficam a cargo do empresário. “Toca para o Adriano. Ele filtra e me passa o que tem que passar para a gente ficar bem à vontade”, explicou, reforçando que vive um momento de tranquilidade na carreira.

Ao abordar as negociações para permanecer no Baenão, o treinador foi direto. “Não é nem valores, é a busca por respaldo”, disse. Guto ressaltou que a Série A representa um reinício de projeto, com exigências diferentes e um processo que demanda tempo. “Pode ser que acerte de cara, como a gente acertou, mas isso não é necessariamente a verdade. Vai demandar todo um trabalho até chegar a um patamar de sustentação”, pontuou.

O técnico revelou que um dos pontos centrais da conversa foi a proteção contra decisões precipitadas. “Muita coisa, no início do ano, está sujeita a mudanças importantes. E, muitas vezes, as pessoas resolvem situações no impulso”, afirmou. Para ele, a multa rescisória funciona como um mecanismo de equilíbrio no futebol atual. “É justamente para me proteger dessas situações precipitadas que eu falo em respaldo”, completou.

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Dirigente também falou sobre a permanência de Guto Ferreira e disse qual será a data de início da pré-temporada.

Guto também foi transparente ao admitir que gostaria de ter permanecido no clube. “Se você perguntar se eu estou feliz de não ter acertado com o Remo, vou dizer não”, disse, antes de concluir: “Mas não dá para pensar só com o coração. Tem que pensar com a razão”.

Apesar do desfecho, o treinador fez questão de afastar qualquer ressentimento. “Nenhuma mágoa. O que eu vivi ali… como é que vou ter mágoa?”, declarou. A gratidão, segundo ele, é total. “Gratidão ao Clube do Remo pela oportunidade e muito, muito mais à torcida”. Apesar disso, ele revela detalhes sobre o que deu não deu certo na conversa com o presidente Tonhçao. “Você está com uma linha, eu respeito. Mas eu tenho uma linha de pensamento que está divergindo. Se continuar divergindo, não vai ter conexão”, revelou. 

Enquanto Guto encerra um ciclo marcado por resultados e identificação com a torcida, o Remo já definiu seu novo comandante. O clube anunciou a contratação do técnico colombiano Juan Carlos Osorio, que assume a missão de conduzir o Leão na Série A e dar sequência ao novo momento azulino após o acesso histórico.