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Entre a dor e o aplauso, Marcelo Rangel fala sobre a volta aos gramados e exalta o Remo

“Foi um trabalho de muitas mãos”, disse o goleiro azulino após se recuperar de lesão no joelho em tempo recorde. 

Caio Maia

Gratidão. É esse o sentimento que tem cercado a vida do goleiro do Remo, Marcelo Rangel, nas últimas semanas. O jogador, que retornou à equipe azulina na rodada retrasada, contra a Chapecoense-SC, pela Série B, travou uma intensa batalha contra as estatísticas recentemente. Recém-recuperado de uma cirurgia no joelho, o arqueiro voltou a campo em tempo recorde, tornando-se o "favorito" para ocupar o posto de principal herói azulino nesta temporada.

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A lesão de Rangel não foi simples. No dia 19 de outubro, ele foi diagnosticado com uma lesão de "alça de balde" no menisco, uma espécie de rasgadura na cartilagem que protege os ossos do joelho. A expectativa do departamento médico do Remo era que ele voltasse a jogar apenas na próxima temporada, no Parazão. No entanto, a dedicação da equipe médica do clube, segundo Rangel, fez com que essa previsão fosse — bastante — adiantada.

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"Quando eu fiquei sabendo da lesão, um dia após o jogo, passaram muitas coisas pela minha cabeça, muito por se tratar de uma lesão de quatro a seis semanas. Dificilmente eu estaria no restante da temporada. Mas, graças a Deus e à competência dos médicos e dos profissionais do clube, as coisas aconteceram da melhor forma e conseguimos nos recuperar de maneira surpreendente em apenas 13 dias. Isso foi resultado de um trabalho de muitas mãos: do departamento médico do clube, do preparador de goleiros, Daniel, da doutora Marcela, que é fisioterapeuta, junto com o NASP do clube, fisiologia e nutrição. Foi por causa disso que conseguimos nos recuperar bem", disse Rangel em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal.

Esse "trabalho de muitas mãos" não estaria completo sem duas peças importantes na vida de Rangel: a família e o Fenômeno Azul. Eles, segundo o goleiro, deram força para que, mentalmente, a recuperação fosse bem-sucedida.

"Quero agradecer à minha esposa, que me deu forças junto com a minha filha, principalmente no lado psicológico e mental. Foram muitas pessoas importantes em todo o processo. A emoção de voltar ao gramado foi muito grande. Na hora em que entrei para o aquecimento e vi as pessoas aplaudindo, fiquei muito emocionado. Fui para o jogo com muita determinação. Esse calor da torcida, as mensagens, a positividade... tudo isso ajudou muito", disse.

Rangel encerrou a entrevista com uma reflexão: a vida é imprevisível. Segundo ele, a única saída para enfrentar essa rotina dinâmica de coisas boas e ruins — como a lesão e um possível acesso do Remo — é ter confiança no trabalho feito.

"A lição que fica para mim é que tudo é muito imprevisível e dinâmico — tanto para o bem quanto para as situações que não queremos passar como atletas. Uma lição que eu tiro é que quem tem fé, acredita no trabalho das pessoas e é determinado, Deus dá novas oportunidades. O segredo é ser determinado, porque as coisas acontecem para quem é determinado", finalizou.