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Como Marcos Braz virou o 'reforço invisível' do acesso histórico do Remo

Executivo foi decisivo na montagem do elenco, atravessou momentos turbulentos e virou nome reconhecido pela torcida após o acesso histórico à Série A

Igor Wilson/O Liberal

Marcos Braz talvez não tenha feito nenhum gol, não tenha dado assistências e nem esteja na súmula da vitória que recolocou o Remo na Série A após 32 anos, mas seu nome certamente aparecerá entre os responsáveis diretos pela campanha histórica do time paraense. A surpreendente chegada do executivo ao Baenão em maio mudou a rota do clube em 2025. Braz desembarcou em Belém com a bagagem de um dirigente conhecido por montar elencos campeões – como o Flamengo campeão brasileiro e da Libertadores em 2019 – e trouxe junto uma expectativa inédita para o futebol remista, o sonho do acesso deixou de ser algo distante e começou a se tornar real.

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O time de Daniel Paulista, treinador naquela altura, já mostrava sinais promissores no início da temporada, mas a necessidade de reforços era evidente se o time quisesse continuar como candidato ao acesso. Foi nesse momento que Braz começou a deixar sua marca. Em poucas semanas, empilhou contratações de peso para os padrões do clube: Cantillo, Jorge, Marrony, os uruguaios fundamentais Diego Hernández e Nico Ferreira, além do grego Panagiotis e do atacante João Pedro, um dos heróis do jogo do acesso. Nomes que mudaram o nível competitivo do elenco e deram ao Remo alternativas reais para sustentar a maratona da Série B.

O planejamento, porém, sofreu um golpe um mês depois da chegada de Braz, mostrando que nada seria fácil. Daniel Paulista aceitou proposta do Sport e foi embora, e o ambiente ficou carregado de incerteza. Braz foi novamente decisivo. Apostou em António Oliveira, que não entregou o desempenho esperado, mas manteve o time na briga pelo acesso graças à base sólida montada pela diretoria. A engrenagem só voltou a rodar com velocidade quando Guto Ferreira assumiu e emplacou uma sequência de seis vitórias que devolveu ao Remo o protagonismo. Mais uma vez, o elenco qualificado montado por Braz fez diferença.

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No dia do acesso, enquanto a torcida invadia o gramado do Mangueirão, Braz deu sua própria volta olímpica enrolado na bandeira do Pará. Foi a imagem de um dirigente que se envolveu profundamente com o clube e ganhou o respeito dos azulinos. A festa em campo deixou claro o reconhecimento da arquibancada. O Remo de 2025 teve muitos heróis, mas Marcos Braz vai ficar conhecido como um dos que segurou o leme nos dias mais turbulentos e impulsionou o time nos momentos decisivos.

Agora, a pergunta que fica é sobre o futuro. Se permanecer em 2026, o executivo terá a missão – e o respaldo – de escrever o próximo capítulo de um Remo que voltou a sonhar grande.