Fabrício conta que a influencia da família o tornou um apaixonado pelo Paysandu

O Paysandu é a minha paixão desde criança, quando meu pai e tios me levaram à Curuzu em 1996. Com o estádio pela primeira vez diante de meus olhos, torcedores gritando e empurrando, jogadores dando o sangue em campo, eu gritava sem saber o que era aquilo.

Com o passar do tempo comecei a ir ao estádio do Papão escondido do meu pai. Eu nunca tinha saído assim, mas o que me motivou foi ver aquela torcida apaixonada e eu também me apaixonei pelo Paysandu, com quem tenho relacionamento sério. Seja na alegria ou na tristeza, quem é fiel jamais pode abandonar.

Meus pais são Paysandu doentes. Chegou momento de crise na minha família, tive de vender minha camisa do Paysandu, a única para ir aos jogos, com muita dor, para ajudar no sustento em minha casa, mas o meu sangue e meu coração tinha a blindagem do maior do Norte.

Um jogo marcante foi Paysandu x Águia de Marabá em julho de 2009. Estádio com 15 mil torcedores, superlotando a Curuzu, o Paysandu estava perdendo de 1 a 0, muita cera dos visitantes, jogo dramático de teste para cardíaco.

Conseguimos empatar o jogo, mas muitos já estavam indo embora da Curuzu. Até que no último lance, uma bola lançada da defesa do Paysandu ao ataque e, graças a um tropeço do zagueiro do Águia, adivinha quem fez a virada? O matador, Zé Augusto. Tenho guardado até hoje em minha memória. Ser Paysandu é sofrido, mas vale a pena.