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'Não existe Aguilera remista!' Veja a história da família que dá nome ao CT do Paysandu

Atual vice-presidente bicolor, Roger Aguilera conta que amor da família pelo Papão nasceu em jogo do Remo e revela desejo de ser presidente alviceleste 'lá na frente'

Caio Maia
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A história do Paysandu tem sido marcada pela participação de estrangeiros. Desde o primeiro time bicolor, formado no início do século XX, vários personagens que nasceram fora do Brasil ganharam protagonismo na Curuzu. A grande maioria deles chegou ao clube pela oportunidade de continuar jogando futebol. No entanto, o mais importante dos estrangeiros da história do Lobo veio a Belém por uma história de amor.

Falar da história do Paysandu sem falar de Raul Aguilera é difícil. Nascido na cidade de Santo Tomé, na província de Santa Fé, na Argentina, Raul sempre foi figura presente nos bastidores do clube. Por mais de uma vez assumiu a presidência bicolor e, mesmo longe do cargo mais alto do clube, sempre esteve no dia a dia do Papão.

A chegada de Raul em Belém se deu por um grande romance. O argentino se apaixonou pela brasileira Laura, que vivia em Belém. O sentimento era tão grande que ele saiu do país vizinho e veio viver com ela na capital paraense. Chegando a cidade das Mangueiras, Raul descobriu mais uma paixão, o Paysandu, assim como contou o neto Roger Aguilera, atual vice-presidente do Bicola.

"Minha avó morava em Belém, mas era filha de portugueses, de uma família de remistas. Ela foi passar férias na Argentina e conheceu meu avô lá. Ela voltou ao Brasil com ele e decidiu que iria se casar. Um dia, o irmão dela, remista, levou meu avô em um jogo no Baenão. Quando ele viu as cores do Paysandu, que lembravam a da Argentina, decidiu que torceria pra aquele time. A partir disso, ele conheceu pessoas de dentro do clube e a história começou", disse Roger.

"Não existe Aguilera remista"

image Roger Aguilera comemora título do Paysandu na Copa Verde de 2022 (Jorge Luís Totti/ Ascom Paysandu)

Roger hoje tem a missão de carregar o nome da família Aguilera no Paysandu. Um dos vice-presidentes de Maurício Ettinger, o empresário, assim como o avô tem uma longa história com o clube da Curuzu, sempre como colaborador da diretoria. Segundo ele, o amor pelo Papão vem do avô, seu Raul.

"Não existe Aguilera remista. Como a ligação do meu avô com o clube é muito forte, minha família se tornou próxima ao clube. A minha memória de estádio começou na época do Nad, Luiz Augusto, Edil, Luizinho das Arábias, que era meu ídolo. Nesse período vivia muito dentro do clube e o fanatismo do meu pai e meu avô acabou passando pra mim. De 1987 a 1991 tenho muitas lembranças do estádio. O título de 91 eu estava no estádio e vivi o título com os jogadores. Não ocupava só o espaço de torcedor, vivia os vestiários. Isso me fez ficar mais próximo", contou Roger.

Amor geracional

image Roger Aguilera ao lado de Maurício Ettinger. Ambos compuseram chapa que venceu presidência do Paysandu (Silvio Garrido Fotos)

Roger avalia que é mais um capítulo da história dos Aguilera no Paysandu. Assim como o avô, ele decidiu assumir cargos no clube, sempre tendo como espelho a militância de Raul em anos anteriores. O empresário disse que já teve outras oportunidades de concorrer nas eleições do clube, mas que esperou a "hora certa", que veio na chapa com Maurício Ettinger.

"Nós sempre fomos muito próximos do clube. Meu pai, depois do meu avô, foi um grande colaborador do clube, mas nunca se envolveu com cargos. Eu, desde 2010, comecei a ter cargos. Participei da gestão do Maurício em 2022 e volto agora em 2023, como vice. Minha história de amor com o Paysandu começou na década de 80. Meu avô militava no clube na época e meu pai fez essa 'transição'", explicou.

A tendência, segundo Roger, é que o nome Aguilera continue na história bicolor. Ele diz que a tendência é que, num futuro próximo, concorra à presidência, como uma continuação do legado do avô, Raul, dentro da Curuzu.

"Agora eu estou como vice e a tendência é que a gente busque a presidência lá na frente. Antes, tive a chance de ser o presidente mais jovem da história do Paysandu, mas optei por não ir. Agora, busco ajudar o clube de forma mais efetiva", disse.

CT Raul Aguilera

image Obras do CT do Paysandu continuam (Divulgação)Raul Aguilera nomeia um dos maiores patrimônios do Paysandu: o centro de treinamento que fica no bairro das Águas Lindas, em Belém. No entanto, quase seis anos depois da apresentação do projeto, o Paysandu continua sem utilizar o local.

A área de 113 mil metros quadrados teve um pequeno avanço em 2019, na gestão de Ricardo Gluck Paul, mas a chegada da pandemia de covid-19 e sem jogos com bilheteria, fez o clube repensar o investimento.

Apesar disso, Roger fez uma promessa à torcida: pelo menos um campo do CT será entregue ainda este ano. Segundo ele, a estrutura ajudará na formação de novos atletas que podem se tornar, no futuro, ativos financeiros do clube.

"Até julho queremos entregar um campo. O Paysandu só vai ser grande e mudar de patamar quando tivermos um CT. Temos que olhar o time e base com profissionalismo e dar estrutura. Por exemplo, nenhum time do Norte tem histórico de venda de jogadores e isso o mercado olha. Entendemos que precisamos virar essa chave, como fez o Atlhetico e o Fluminense, que têm bases fortes", explicou.

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