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Paysandu corre contra o tempo para entregar centro de saúde e performance do CT em outubro

A edificação em andamento abrigará departamentos médico, odontológico, de fisioterapia, fisiologia e exames. Com mais de R$ 7 milhões já investidos, a diretoria bicolor estima que serão necessários mais R$ 2,5 milhões

Igor Wilson e Fábio Will

O Paysandu vive uma corrida de bastidores para entregar até outubro de 2025 o principal projeto de infraestrutura da gestão atual: o prédio de saúde e performance do CT Raul Aguilera, que concentra a maior parte dos recursos captados pelo clube nos últimos meses. Com mais de R$ 7 milhões já investidos, a diretoria estima que serão necessários pelo menos mais R$ 2,5 milhões para finalizar a estrutura — e já admite: será impossível sem a ajuda dos chamados sócios abnegados, e também de novas campanhas de arrecadação.

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“É um gasto pesado, mas é uma realidade que não tem como voltar mais atrás”, resume o presidente Roger Aguilera. “Estamos fazendo com toda dificuldade, avançando. É uma obra estrutural numa área de quase mil metros quadrados, com academia e toda uma estrutura para o jogador”, contou.

A edificação em andamento abrigará departamentos médico, odontológico, de fisioterapia, fisiologia e exames. A entrega está prevista para o último trimestre do ano e deve marcar o fim da divisão de treinos entre a Curuzu e o CT, que hoje ocupa até 30 minutos de deslocamento dos jogadores. “Vamos mitigar essa perda de tempo e qualidade. A entrega dessa área vai significar um ganho muito grande para o clube”, explica o vice-presidente de planejamento, Diego Moura.

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Arrecadar é preciso

Apesar dos avanços, o caixa aperta. Uma campanha de doações por Pix, feita entre torcedores, arrecadou pouco mais de R$ 150 mil. Muito abaixo do necessário. “Só pra equipar a academia, é quase um milhão de reais”, diz Roger. “Recebemos cento e poucos mil, mas já foram gastos mais de sete milhões, e precisa gastar muito mais”, disse.

O plano agora é reestruturar as campanhas de arrecadação, buscar parcerias e até aceitar doações de materiais de construção. “O peso maior disso tem saído de sócios abnegados”, reconhece o presidente. “A gente precisa de uma campanha mais forte. O diretor André está entregando muito, várias pessoas ajudando, mas o custo é muito alto”, desabafa Roger.

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Curuzu

Enquanto concentra esforços no CT, o clube também toca reformas importantes na Curuzu. Em seis meses de gestão, já foram finalizados banheiros novos, revitalização dos bares e instalação de catracas com reconhecimento facial. Um gerador próprio também foi adquirido para reduzir os custos com aluguel nos dias de jogo. “Tinha muita cobrança em relação a estrutura, então a gente está fazendo esses ajustes”, afirma Roger.

Para o vice-presidente de operações, Márcio Tuma, os resultados já aparecem. “Hoje temos banheiros em alto padrão, comparáveis com qualquer arena do Brasil, e o Paysandu foi pioneiro na Amazônia em implementar leitura facial nos acessos”, diz. Mas ele admite: o desafio financeiro é permanente. “Isso é um malabarismo. Recurso nunca tem, então estamos criando oportunidades de patrocínio e situações que possam ser vinculadas a melhorias”, disse.

Além das obras em andamento, a diretoria também mira o futuro da Curuzu. A ampliação da capacidade do estádio está no radar, ainda que dependa de viabilidade econômica. “Tem projeto para juntar essa arquibancada com a do Chaco. Dá mais 2.500 lugares. Depois, ampliar as duas. Mas precisa de parceria. Com a ajuda do torcedor, vamos conseguir fazer durante a gestão”, projeta Roger.

Para a atual administração, o investimento em infraestrutura está diretamente ligado à criação de mais receitas. Só comprar o ingresso não basta, ir ao estádio deve ser uma experiência mais cara ao torcedor. “A gente precisa gerar mais receita pra manter o fluxo de pagamento e continuar avançando”, defende o presidente.

 

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