Em súmula, árbitro registra xingamento de Frontini e arremesso de objetos em jogo do Paysandu
Jonathan Benkenstein Pinheiro relatou que o executivo bicolor precisou ser contido por seguranças e membros do time após o apito final
O Paysandu podia ter deixado a zona de rebaixamento da Série B caso vencesse o Vila Nova-GO na última segunda-feira, na Curuzu. No entanto, o clube foi derrotado por 1 a 0, para a frustração da torcida e de membros do clube. Com isso, a partida terminou com alguns incidentes envolvendo executivo do Papão Carlo Frontini, e o arremesso de um objeto para dentro do campo. Os casos foram registrados árbitro em súmula.
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Segundo Jonathan Benkenstein Pinheiro, responsável por apitar o duelo, após o apito final, quando a equipe de arbitragem se posicionou no centro do gramado, Frontini chamou o árbitro de "covarde" e "merda".
"Informo que, após o término do jogo, quando a equipe de arbitragem estava posicionada no centro do campo, o dirigente do Paysandu, senhor Carlos Esteban Frontini, veio em nossa direção gritando e falando as seguintes palavras: 'Você é um covarde, eu, Frontini, estou falando, pode me relatar, deu apenas 7 minutos de acréscimos, covarde, seu merda.'", relatou o juiz.
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Ainda conforme o relato, Frontini precisou ser contido por seguranças e membros do clube.
Além disso, Jonathan Benkenstein registrou o arremesso de um chinelo em direção ao assistente Tiago Diel, aos 42 minutos do segundo tempo. De acordo com o relato, "o objeto teve sua origem do local onde estava destinada a torcida mandante".
Vale destacar que esta não é a primeira vez que o executivo bicolor se envolve em uma confusão com a arbitragem. Na 14ª rodada, quando o Paysandu recebeu e venceu a Ferroviária-SP, Carlo Frontini também entrou em campo para reclamar com o árbitro Jefferson Moraes.
Ainda na Série B deste ano, na partida entre o Papão e o Criciúma, válida pela 10ª rodada, também houve confusão e arremesso de objetos dentro do gramado. Um deles atingiu um jogador da equipe adversária.
Os casos devem ser investigados pela promotoria do Tribunal de Justiça Desportiva. Conforme o artigo 213 do Código de Justiça Desportiva, o "lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo" pode render multas de R$ 100 a R$ 100 mil e até perda do mando de campo, caso se entenda que o clube não tomou medidas para evitar o ato. Caso o time consiga identificar os autores das infrações, "exime a entidade de responsabilidade".
O Paysandu perdeu a partida por 1 a 0, com gol do ex-bicolor João Vieira. Assim, a equipe encerrou sua sequência de nove jogos sem perder e caiu para a lanterna da tabela.
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