Em entrevista, Márcio Tuma fala dos desafios à frente do Paysandu para o início da temporada 2026
O dirigente bicolor foi questionado sobre dois assuntos importantes para o torcedor: salários e Curuzu, respondendo ambos com franqueza
O presidente do Paysandu, Márcio Tuma, concedeu entrevista ao programa Golaço, do jornalista Edson Matoso, e falou sobre os desafios enfrentados à frente do Lobo no apagar das luzes da temporada de 2025. Rebaixado à Série C e lidando com a baixa credibilidade no mercado da bola, o dirigente não escondeu as dificuldades, mas garantiu que vem trabalhando para resgatar a confiança na instituição.
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A primeira questão abordada foi a responsabilidade do clube com o pagamento dos salários de todo o futebol bicolor, com o objetivo de iniciar o novo ano sem gargalos financeiros ou comprometimentos futuros.
“Nós fizemos o pagamento da folha administrativa e também quitamos a CLT da equipe profissional de futebol. Foi um esforço hercúleo para realizar esses pagamentos antes do quinto dia útil. Esse será um cenário recorrente no Paysandu em 2026. O nosso compromisso é manter todos em dia — salários e encargos —, porque isso gera um ambiente positivo e nos permite fazer as cobranças necessárias com legitimidade”, afirmou o presidente, destacando que a responsabilidade financeira permite uma gestão mais eficiente.
“Temos executivo, treinador, diretores e subdiretores. Todos se sentem mais à vontade para cobrar quando o clube está com suas obrigações em dia. Estou buscando dar a minha contribuição ao Paysandu. Há 15 anos vivo essa realidade. Já fui conselheiro, diretor jurídico, estive em vários cargos e vamos fazer aquilo que está dentro das atribuições do nosso posto”, completou.
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Embora não tenha revelado o valor que o Paysandu pretende investir na folha salarial, Tuma deixou claro que não haverá extrapolação do limite financeiro já no início da temporada.
“Já conversamos com o executivo e com o diretor de futebol. Existe um valor definido para a folha que não será totalmente utilizado no Campeonato Estadual, justamente para que possamos identificar as posições mais carentes e realizar contratações pontuais. Se utilizarmos todo o recurso neste momento, não poderemos contratar mais adiante. O trabalho está sendo feito para devolver a credibilidade ao Paysandu, um clube histórico, de camisa pesada. É por isso que as pessoas vêm”, explicou.
O Paysandu terá o primeiro compromisso da temporada no próximo dia 25 de janeiro, na estreia pelo Campeonato Paraense, diante do São Raimundo. Até lá, o presidente espera que o clube consiga ajustar o gramado da Curuzu, que passa por reparos, para receber o adversário.
“Estamos trabalhando para que tudo esteja pronto para a estreia. Ainda não está no estágio ideal. Algumas áreas do gramado estavam comprometidas por ervas daninhas, e esse problema já está sendo tratado. O gramado já tem cerca de 12 anos, o que exige planejamento. Estamos retirando os pontos mais afetados, nivelando o solo e colocando placas de grama, com o objetivo de deixar o campo em condições adequadas para a estreia”, concluiu.
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