Após lesões, Novillo ganha confiança no Paysandu e não pensa mais no Remo: 'Agora é Ferroviária'
A vitória no clássico marcou também um possível esboço da zaga titular de Claudinei, que tem utilizado o esquema com três defensores
Joaquín Novillo vestiu a camisa 5 do Paysandu no último sábado (21) e teve uma atuação segura na vitória por 1 a 0 sobre o Remo, pela 13ª rodada da Série B. Titular no clássico, o zagueiro argentino deve seguir entre os onze escolhidos do técnico Claudinei Oliveira para enfrentar a Ferroviária, na próxima segunda-feira (30), na Curuzu. A partida é tratada como mais uma decisão para o time, que tenta emplacar a terceira vitória consecutiva e, enfim, deixar a lanterna da competição.
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A provável manutenção de Novillo entre os titulares é um reflexo do bom momento do defensor de 27 anos, que precisou superar dois duros obstáculos em menos de um ano: uma grave lesão no tendão de aquiles e, mais recentemente, uma concussão cerebral sofrida contra o Remo em maio, na final do Campeonato Paraense.
“Foi o ano mais difícil da minha vida. Tive o corte no tendão, foi a primeira lesão da minha carreira”, relembra o jogador, que se machucou em março de 2024, quando defendia o Deportivo Iquique, do Chile, em jogo contra o Cobresal. Foram quase doze meses de recuperação até a chegada ao Paysandu, em janeiro. Já com a camisa bicolor, ele concluiu a transição física, estreou com segurança contra o São Raimundo na Copa Verde e foi ganhando espaço na equipe.
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O bom momento, porém, foi novamente interrompido. Na final do Parazão, em maio, Novillo e o meia Jaderson, do Remo, bateram cabeça numa disputa aérea. Os dois sofreram concussões e precisaram deixar o jogo. No caso do argentino, foi mais um mês afastado do elenco.
“Me senti mal, porque eu vinha jogando, estava bem, e estar um mês fora é muito ruim. Gosto muito de treinar, jogar, e não pude fazer isso, me doeu, mas superei”, disse.
“Já passou, agora é Ferroviária”
Na reapresentação após a vitória no clássico, o discurso do grupo já mudou. Novillo garante que a equipe está focada apenas no confronto contra a Ferroviária. “Já passou, já jogamos, ganhamos, pronto. Ontem, quando voltamos a treinar, já não se falou mais de Re-Pa. Agora é Ferroviária, ganhar e sair de baixo da tabela”, diz.
A vitória no clássico marcou também um possível esboço da zaga titular de Claudinei, que tem utilizado o esquema com três defensores. Com Quintana ainda lesionado, Novillo formou o trio ao lado de Thalisson, recém-chegado, e Luan Freitas. O desenho agradou, e a tendência é que seja mantido diante da equipe paulista.
O argentino, que tem contrato com o Paysandu até o fim da temporada, vê com gratidão a confiança que recebeu do clube ao retornar de uma das fases mais difíceis da carreira. “Estou muito agradecido ao Paysandu, que me deu a confiança para voltar a jogar”, afirmou.