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Anderson Leite é apresentado no Paysandu e revela impacto com a torcida: ‘Muita cobrança’

Antes mesmo de ser contratado, volante recebia mensagens de torcedores do Paysandu no celular, que pediam um bom desempenho no clássico contra o Remo.

Igor Wilson

A negociação ainda nem havia sido concluída, mas o celular de Anderson Leite já não parava. Mensagens de torcedores do Paysandu chegavam em sequência, quase todas com o mesmo tom: a cobrança por um bom desempenho no clássico contra o Remo, marcado para o próximo sábado (21), pela 13ª rodada da Série B. Apresentado oficialmente nesta quinta-feira (19), na Curuzu, o volante de 32 anos confirmou que a mobilização da torcida foi decisiva para aceitar o convite do técnico Claudinei Oliveira e se juntar ao elenco bicolor.

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“O impacto é muito grande. A gente sabe do tamanho da torcida do Paysandu, então foi bem diferente. Muitas mensagens mesmo, a cobrança já pensando no jogo de sábado. Eles vivem o clássico”, contou o jogador.

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Anderson estava no Guarani, rebaixado para a Série C nesta temporada. Após o fim do Campeonato Paulista, manifestou o desejo de voltar à Série B, mas nenhuma proposta avançou. O cenário mudou quando recebeu a ligação de Claudinei Oliveira, com quem já havia trabalhado no Londrina, clube que o revelou para o futebol profissional.

“Eu estava no Guarani e, após o Paulista, já havia demonstrado interesse em voltar à Série B. Quando o Claudinei me ligou, fiquei muito feliz, por já ter trabalhado com ele e por se tratar do Paysandu. Não pensei duas vezes.”

O meio-campista acumula passagens por Atlético Goianiense, Chapecoense, CRB, Juventude, Guarani e pelo futebol internacional — jogou no Saprissa, da Costa Rica, e no FC Juárez, do México. Em comum entre esses clubes, costuma atuar como segundo volante, função que diz desempenhar com naturalidade.

“Sempre joguei como segundo volante, sempre tive essa facilidade de chegar à área e ser o elemento surpresa”, explicou.

Anderson sabe que o desafio no Paysandu será grande. O clube vive sua pior campanha na história da Série B, com apenas sete pontos em 12 rodadas e na lanterna da competição. Ainda assim, o volante vê potencial de recuperação e aposta na energia gerada pela chegada de Claudinei e pela primeira vitória do time, conquistada na rodada passada.

“Passei por vários desafios. Este é mais um. Quando o jogador recebe o contato de um clube como o Paysandu, sabendo que ainda há muitos jogos no campeonato, tudo é possível. Com a chegada do Claudinei, os ânimos voltaram e veio a primeira vitória.”

Com poucos dias de treino, ele já está integrado ao grupo e à disposição para o Re-Pa, jogo que acontece 19 anos após o último encontro entre Remo e Paysandu pela Série B. O clássico, além da rivalidade histórica, tem peso direto na tabela: o Remo pode se firmar no G-4, enquanto o Paysandu tenta sair da zona de rebaixamento.

“É um clássico de multidões, de duas torcidas apaixonadas. Então, é uma grande oportunidade para o Paysandu. Clássico é um jogo muito aberto. Temos totais condições de vencer. O elenco e o clube estão respirando esse jogo”, disse.