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Treinados pelo pai, irmãos buscam pelo sonho de chegar ao Pan-Americano de muay thai

Felipe e Elias Guerreiro disputam a Copa Brasil de muay thai neste final de semana e miram vaga na Seleção Brasileira

Aila Beatriz Inete
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Chegar à Seleção Brasileira em qualquer modalidade é o sonho de atleta do país. E para os paraenses e irmãos Felipe, de 23 anos, e Elias Guerreiro, de 18, não é diferente. Os dois disputam neste final de semana a Copa do Brasil de Muay Thai, que dará vagas para a equipe do Brasil que disputará o Pan-Americano de 2023, no México. 

Além dos dois irmãos irem juntos para a disputa, eles ainda contam com o apoio do pai, o mestre Luís Guerreiro, que também é o treinador dos meninos e a principal inspiração para Felipe e Elias. 

“Começamos a treinar através do meu pai, desde pequeno eu sempre vi ele treinando na academia, competindo e eu ficava olhando e pensando: um dia eu quero ser igual ao meu pai, um dia eu também quero disputar grandes campeonatos igual a ele”, contou Elias.

image Elias Guerreiro recebeu uma convocação para a Seleção Brasileira de muay thai esta semana (Thiago Gomes / O Liberal)

Os irmãos estão a cerca de três anos focados no muay thai e já vem conquistando resultados muito expressivos no cenário regional. Este ano, por exemplo, os dois conquistaram o Campeonato Paraense, Felipe na categoria até 63 kg, e Elias na divisão dos 57 kg. 

Para chegar à Seleção 

Durante a semana, a família recebeu uma ótima notícia: o irmão mais novo, Elias, recebeu a primeira convocação da Seleção Brasileira para disputar o Sul-Americano, que ocorre em outubro, no Uruguai. Com isso, a empolgação e a tensão para chegar na Copa Brasil e sair campeão aumentou ainda mais. 

“A gente ganhando essa competição nós vamos ir para o México e vai ser nossa primeira vez saindo do Brasil juntos. Então, com certeza, mexe sim com a gente, mas estamos preparados e confiantes”, ressaltou Felipe Guerreiro. 

image Felipe Guerreiro tem 23 anos (Thiago Gomes / O Liberal)

Assim, para chegar bem na competição, os irmãos fizeram uma preparação muito intensa, com preparadores físicos e com a Seleção Paraense, que terá 11 representantes da Copa Brasil. Confiantes na preparação, a expectativa é de conseguir um bom resultado e a vaga para Pan-Americano. 

“Eu estou super animado, acho que é isso que importa no final. O atleta tem que está bem, feliz, porque só assim consegue ter um bom rendimento, fazer uma boa luta. Tem que está bem fisicamente e mentalmente”, declarou Elias. 

Relação nos treinos 

Segundo Luís Guerreiro, o muay thai também foi um meio para unir de novo pai e filhos. Como ele e a mãe dos meninos se separaram, criou-se uma certa distância entre eles. Mas a partir do momento que Felipe e Elias começaram a se interessar pelo esporte, os três voltaram a ficar mais próximos e mostraram que a modalidade estava no sangue deles desde sempre. 

Para o mestre, a função de treinador se mistura com a de ser pai, tanto na hora dos treinos quanto nas lutas. Segundo ele, é mais fácil conseguir extrair o máximo dos filhos nos treinos, mas na hora dos combates, o coração aperta. 

image Muay thai uniou mais ainda os dois (Thiago Gomes / O Liberal)

“O momento que fica mais tenso para a nós treinadores que treinam os filhos é na luta, porque é complicado estar ali vendo o teu filho trocar pancadas com outro atleta, principalmente no muay thai, que é uma modalidade muito contundente, você saber que pode entrar uma cotovelada, joelhada a qualquer momento. A gente sabe que tem proteção, mas a pancada vem muito forte, então, naquela hora, o coração do pai chega a pesar”, afirmou Luis. 

Para Felipe e Elias, treinar com o pai dá um gás a mais. Nos treinos, eles conseguem se superar com o apoio do pai, que os incentiva e os faz querer melhorar. 

“Quando ele está puxando a manopla [equipamento de treino do muay thai] com a gente para fazer os golpes, tem que ficar olhando olho no olho e isso, querendo ou não, mexe muito com a gente na hora, porque dar o incentivo, para dar o gás, para dar o máximo”, apontou Felipe. 

irmãos guerreiros

Além dos irmãos, o Pará levou outros nove atletas para a disputa da Copa Brasil. As expectativas são de que os paraense consigam bons resultados, já que o estado tem tradição na modalidade. 

“Trata-se de uma competição de nível nacional, que vai projetar e fazer eles serem conhecidos.  A gente sabe que a gente pode sair de lá com o título de ser campeão da Copa do Brasil. Então, as nossas expectativas são muito grandes, não só neles dois, mas também com toda a nossa equipe”, concluiu Luís Guerreiro. 

(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes)

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