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Polícia investiga suposto caso de lavagem de dinheiro no Corinthians; clube nega

A denúncia anônima envolve ações praticadas durante a gestão do ex-presidente Andrés Sanchez

O Liberal
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A Polícia Civil do Estado de São Paulo iniciou uma investigação em setembro para apurar um possível caso de lavagem de dinheiro envolvendo o Corinthians. Os principais envolvidos na investigação incluem o presidente do clube, Duilio Monteiro Alves, o ex-presidente Andrés Sanchez, o conselheiro e candidato à presidência André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão, o empresário Fernando Garcia e o conselheiro Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne.

O inquérito foi aberto em resposta a três denúncias anônimas recebidas pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), cada uma delas detalhando atividades suspeitas em datas diferentes. As denúncias alegam que o grupo estaria envolvido em transações financeiras fraudulentas relacionadas a jogadores, contratações e acordos de patrocínio. A investigação visa determinar se recursos financeiros do clube estão sendo desviados para interesses pessoais, além de verificar se informações confidenciais estão sendo compartilhadas indevidamente com terceiros. Os jornalistas Diego Garcia e Ricardo Perrone, do UOL, conduziram a investigação jornalística que deu origem ao inquérito.

A apuração está a cargo do setor de Investigações sobre Lavagem ou Ocultação de Bens e Valores do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Em uma declaração aos jornalistas, a polícia afirmou que o caso está sendo investigado sob sigilo para preservar a integridade das apurações: "O caso é investigado, sob sigilo, por meio de inquérito policial instaurado pela 4ª Delegacia de Investigações sobre Lavagem ou Ocultação de Bens e Valores do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Demais detalhes serão preservados para garantir autonomia ao andamento das apurações".

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Defesa

Por outro lado, o Corinthians divulgou uma declaração afirmando que as denúncias são apócrifas, ou seja, não possuem autenticidade, negando qualquer envolvimento em atividades ilícitas. O clube está acompanhando de perto o desenvolvimento das investigações para esclarecer completamente a situação. Confira a nota do clube:

"Pessoas inescrupulosas novamente se utilizam do anonimato para tentar, caluniosamente, envolver o clube e terceiros em investigações. Há pouco tempo também assim agiram de forma similar, mas, como só poderia ser, essa apócrifa denúncia, sem amparo, foi sumariamente arquivada. Agora, por ser mera repetição e diante da absoluta falta de justa causa, novamente também será arquivada. Estamos, porém, solicitando investigação policial para tentar descobrir quem fez a denúncia caluniosa e falsa comunicação de crime e quais são seus reais motivos, justamente para que seja(m) correta e devidamente, responsabilizado(s)"

Demais envolvidos

Em resposta às denúncias, os envolvidos deram declarações aos colunistas. O advogado de Andrés Sanchez, João de Oliveira, enfatizou que a denúncia é de natureza política, especialmente considerando que as eleições do Corinthians estão marcadas para o dia 25. Ele destacou: "É um fato totalmente político. Alguém está usando as ferramentas do Estado para fins políticos. A denúncia é anônima, sem identificação, e não possui elementos concretos. Vamos entrar com um habeas corpus solicitando o encerramento do caso. O Supremo Tribunal Federal (STF) já firmou entendimento de que uma denúncia anônima e sem identificação não constitui base suficiente para iniciar um inquérito", afirmou.

Emanoel Evangelista afirmou desconhecer o inquérito, alinhando-se à interpretação política da denúncia. André Luiz de Oliveira também fez referência a esse aspecto: "Eu não fui notificado oficialmente. Tomei conhecimento através do Dr. João de Oliveira, que vai me representar no processo. Fui informado de que se trata de uma denúncia anônima, completamente infundada. É claramente uma estratégia política relacionada à eleição no clube", disse.

Fernando Garcia, por sua vez, afirmou não ter conhecimento da investigação em curso: "Eu não estou ciente do que você está me falando. Não recebi absolutamente nenhuma informação sobre o inquérito. Quando eu tiver alguma informação, vou me pronunciar", declarou.

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