Morre no Rio de Janeiro, aos 97 anos, Lóris Baena, paraense, jornalista esportivo

Era o último sócio fundador da ACEB e ainda o mais antigo da ABI

Redação Integrada
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Faleceu na sexta-feira (5)), no Rio de Janeiro, o jornalista paraense Lóris Baena Cunha, aos 97 anos.

Sócio fundador da ACEB - Associação de Cronistas Esportivos do Brasil – era o último sócio vivo fundador da Acerj [Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro]. Ainda, o mais antigo sócio da ABI [Associação Brasileira de Imprensa]

Lóris foi internado na Casa de Saúde São José, com pneumonia aguda (não foi registrada infecção por covid-19), e chegou a ser intubado e reagiu bem à infecção.

 Depois de retirados os tubos, entretanto, não resistiu e faleceu na manhã de sexta-feira 5 de março, dia da fundação da Acerj, em que se comemora a data do cronista esportivo do Rio de Janeiro.

“Lóris ‘escolheu’ morrer no dia da fundação da Acerj, entidade que ajudou a fundar e pela qual lutou sua vida inteira. Como jornalista foi um exemplo de profissional que busca a notícia exclusiva, a entrevista inédita. Como dirigente de classe, um modelo de perseverança na luta pelos direitos dos cronistas esportivos. Sua partida vai deixar uma enorme lacuna em nossa classe”, escreveu seu amigo, presidente da Acerj e diretor financeiro da ACEB, Eraldo Leite.

Natural de Belém- PA, Lóris Baena Cunha começou sua carreira em 1945 no jornal Folha do Norte e na Rádio Clube do Pará.

Em 1947, veio para o Rio de Janeiro, onde atuou no jornal Folha Carioca. Mudou-se em seguida para São Paulo, onde atuou no Mundo Esportivo.

 Em 1955, de volta ao Rio, trabalhou na Luta Democrática, quando filiou-se à ABI.
Como cronista esportivo, Lóris tinha orgulho de ter assistido ao primeiro gol de Pelé pelo time do Santos, em 7 de setembro de 1956, contra o Corinthians de Santo André.

 Mas sua maior alegria era ter entrevistado Charles Muller, o introdutor do futebol no Brasil, entre outros grandes craques e centenas de jogadores, dirigentes e técnicos de grandes times e seleções.
Em 1963, Lóris Baena fundou a Organização Brasileira Esportiva (OBE), uma agência de notícias dedicada ao mundo dos esportes que dirigiu durante 30 anos.

Ainda na década de 70, foi representante da Rádio Brasil de Campinas. Detentor de diversos diplomas no jornalismo esportivo, representou a crônica esportiva em mais de 20 congressos pelo país.
Além de fundar a Acerj, foi sócio-fundador da Aceb – Associação de Cronistas Esportivos do Brasil e da Abrace – Associação Brasileira de Cronistas Esportivos.

Foi sete vezes agraciado com a Bola de Ouro, importante prêmio da crônica esportiva, além do Troféu Mané Garrincha e da Comenda Mauro Pinheiro.
O trabalho de Lóris não se limitava à crônica esportiva no rádio. Ele ainda escreveu diversos livros sobre esportes e poesias, como ‘Sonhos de Amor’ e ‘Temas da Vida’ – este último, sobre os clubes de futebol cariocas. Suas poesias também estão estampadas desde 2010 na Sala de Memória do Futebol Brasileiro, no Estádio do Maracanã.

Apegado às tradições paraenses, viajava anualmente para acompanhar as comemorações em louvor à padroeira Nossa Senhora de Nazaré – o Círio de Nazaré.

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