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Ex-Seleção Brasileira, Charles Guerreiro cobra convocação de paraenses: 'O Ganso é completo'

Destaque no Flamengo dos anos 90, o ex-jogador paraense comenta o futebol brasileiro e relembra momentos com a amarelinha

Luiz Guilherme Ramos
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No próximo dia 8 de setembro, a seleção brasileira retorna à capital paraense após 11 anos. O duelo contra a Bolívia traz à tona uma velha discussão sobre o nível técnico dos atletas, aqui analisado por um dos maiores expoentes do futebol paraense dos últimos anos, o ex-volante e ex-lateral-direito Charles Guerreiro. 

Na virada dos anos 80 para 90, o futebol brasileiro conheceu uma das gerações mais talentosas de todos os tempos, que viria quebrar o jejum sem títulos mundiais. O último havia sido em 1970, com Pelé, Tostão, Rivelino e companhia. Coube a uma nova geração o resgate do orgulho, encabeçado por nomes até hoje lembrados com carinho pelo torcedor brasileiro.

Nessa época surgiram lendas do calibre de Bebeto, Romário e um certo jogador paraense, que só não integrou a seleção campeã nos Estados Unidos por causa de uma lesão grave, que quebrou o sonho da Copa e limitou bastante a qualidade de sua carreira. Hoje, aos 59 anos, Charles Guerreiro lembra com carinho da época em que fez bonito com a amarelinha, bem como da mudança no futebol.

image Charles Guerreiro pela seleção brasileira. (Revista Placar)

"Na nossa época, década de 80, 90, o jogador vinha com o dom que Deus deu, na qualidade técnica individual. Eu me lembro que na  época eu joguei com o maestro Junior, o Careca, Bebeto. Joguei com o Romário no Flamengo, com o Zenon, Washington, jogadores com qualidade técnica indiscutível", lembra. 

O ápice da carreira foi no Flamengo, onde permaneceu entre 1991 e 1995. Nesse período foi campeão carioca de 1991 e brasileiro de 92. Os títulos e a projeção nacional renderam seguidas convocações para a seleção, sob o comando de Parreira e Zagallo. Para ele, além do futebol ter mudado sua estrutura básica, hoje o estilo de jogo adaptado à seleção requer outras características que dificilmente priorizam o bom futebol.

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"Hoje em dia temos jogadores de qualidade, mas o trabalho virou muito mecânico, foco na parte física, aí aquela qualidade vai acabando. Todo mundo vê. Não que hoje não tenha, mas hoje o foco é o trabalho, jogadores mais fortes. São poucos os que você vê hoje no Brasil, mas temos um que se chama Ganso", reforça. 

Além do meia, Charles costuma citar outros atletas do futebol paraense que andam ou andaram na proa e também mereceram oportunidade. "O Ganso poderia ter ido pra copa de 2010. Em 2014 ele teve algumas lesões e isso atrapalhou, Também vejo que o Pikachu poderia ter tido chance até a mudança de posição dele. Se estivesse como lateral-direito, mantendo a mesma pegada do Paysandu, no Vasco da Gama, poderia certamente ganhar uma vaga, assim como o Rony também merece. Outro jogador diferenciado e um grande campeão que só precisa de minutagem para ganhar ritmo e espaço", argumenta. 

Charles se aposentou dos gramados em 2002, mas ainda é uma figura importante na história do futebol e responsável por um episódio emblemático, que até hoje é lembrado com carinho, por envolver ninguém menos que a Rainha Elizabeth II, do Reino Unido, durante um amistoso em 1992, no icônico estádio de Wembley, terminado em 1 a 1, com uma incrível chance desperdiçada pelo então lateral-direito.

"A melhor lembrança que eu tenho foram os amistosos da seleção, entrei na história do futebol naquele jogo em Londres, entre Brasil e Inglaterra. O último jogo realizado em Wenbley. Hoje existe um mural com o nome dos jogadores que participaram. Seria a minha consagração, mas eu perdi um gol, que o Zagallo até disse, 'Se você faz esse, você nem volta para o Brasil'. Estava a rainha, o príncipe. Até brinquei que a bola foi para longe e caiu nos braços da rainha", encerra. 

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