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Dupla paraense é convocada para segundo período de testes no Sub-17 do Flamengo, em março

Sophia Maiorana e Sophia Bastos foram aprovadas em peneira em Manaus e vão passar 30 dias treinando no CT rubro-negro, no Rio de Janeiro

Pedro Cruz
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As paraenses Sophia Maiorana e Sophia Bastos, ambas de 15 anos, vivem a expectativa de muito em breve realizarem um sonho: tornarem-se jogadoras do Flamengo. As jovens foram aprovadas para um período de testes no Rio de Janeiro, sob a análise de Filipe Torres, auxiliar-técnico do feminino rubro-negro. 

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A oportunidade pintou quando ambas souberam que o treinador estaria observando uma seletiva em Manaus, que foi realizada nos dias 3 e 4 de fevereiro no Centro de Treinamento Gabriel Lima, no bairro Tarumã-Açu, zona Oeste da cidade. As "Sophias", então, passaram cinco dias na capital do Amazonas e foram aprovadas para a segunda etapa da peneira, que começará em março e terá a duração de 30 dias.

"Vejo como uma oportunidade de ouro. Não é sempre que ocorre uma seletiva do Flamengo e muito menos que qualquer uma consiga passar. Sei que tenho que me esforçar muito para conseguir passar na segunda fase, mas já estou feliz e grata a Deus por ter chegado até aqui, era algo muito distante para mim estar perto do treinador do Flamengo e, então, esse sonho se tornou realidade", contou Sophia Maiorana, que viajou junto com os pais da amiga.

A jovem contou para o Núcleo de Esportes de O Liberal que ela e Sophia Bastos treinam juntas desde os 6 anos de idade e também fazem parte da equipe de futsal do Remo. Desde agosto, entraram para as categorias de base de campo do Leão, junto ao técnico Mercy Nunes, porém não chegaram a disputar partidas oficiais com o manto azulino.

Se aprovadas, ambas farão parte da equipe Sub-17 do Flamengo. Sob enorme expectativa, elas seguem treinando diariamente em Belém com o auxílio de dois personal trainers.

"Eu tive uma lesão no ligamento do tornozelo, fiz fisioterapia e fiquei bastante tempo sem jogar. Quando voltei, melhor, eu tava no Rio de Janeiro, fui passar as férias com a minha avó e vi muito futebol feminino, vi que realmente tinha melhorado e comecei a me empolgar de novo. Foi aí que voltei, comecei a treinar e chamei a Sophia", prosseguiu Maiorana, que completará 16 anos em março. 

"Estávamos nos preparando para ver uma oportunidade, porque normalmente as peneiras acontecem em março, só que teve essa oportunidade [em Manaus], a gente conseguiu ir em cima da hora e deu certo. O apoio do pai dela, que me levou e cuidou de mim em Manaus, e dos dois profissionais que me acompanharam diariamente como personal trainers são extremamente importantes para mim e para que isso se tornasse realidade", comemorou a jogadora, que atua como volante.

Sophia Maiorana ainda não sabe como fará com o período escolar durante o período que estará em testes no Rio de Janeiro. "Conciliar sempre foi um pouco difícil, porque os treinos exigem muito da gente, às vezes tem que faltar aula por conta de um treino importante ou ficar com pouco tempo pra estudar sempre acontece", revelou

Apoio em casa

A advogada Olga Benário é mãe de Sophia Maiorana. Ela revela que a filha sempre demonstrou interesse e se dedicou para alcançar o sonho de ser jogadora de futebol. "Esse sempre foi o sonho dela. Desde pequenina ela era a única menina da escola que usava chuteira. Sempre ganhou todos os campeonatos da escola que envolvessem futebol. Sempre esteve à frente de todos os seus sonhos jogar no time do Flamengo por ser flamenguista de carteirinha", contou, em contato por telefone.

De acordo com Olga, Sophia abre mão até mesmo de atividades comuns a jovens no auge da adolescência por causa das atividades esportivas. "Para mim é desafiador ter uma filha de 15 anos que resolveu abrir mão de uma rotina normal de adolescente e estudante. Como ela mesma diz, enquanto seus amigos estão indo no final de semana para 'festas de 15 anos' e 'resenhas', ela está indo dormir cedo para treinar no dia seguinte", conta a mãe.

Apesar da rotina pouco usual para a idade, Olga afirma que sempre deu apoio aos sonhos da filha e vê avanços do futebol feminino no Brasil, que podem garantir uma boa perspectiva de carreira à filha. 

"Para mim vai ser difícil, como mãe, ficar distante fisicamente da minha filha, afinal ela terá que morar no CT de lá e estudar distante, pois não terei como acompanha-la por conta do trabalho. Então essa será a realização de um duplo sonho. Ser jogadora de futebol, sobretudo, neste momento em que o futebol feminino vem ganhando destaque com a copa do mundo feminino, como também por estar indo jogar no time do coração dela", finalizou Olga Benário.

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