Dia do Capoeirista celebra corpo, mente e identidade cultural que atravessa o tempo
A prática do esporte que mistura luta, dança e música exige preparo físico, consciência corporal e estratégia dos seus praticantes
Celebrado em 1º de agosto, o Dia do Capoeirista homenageia uma das manifestações culturais mais marcantes do Brasil. Misturando música, dança e luta, a capoeira é mais do que uma arte marcial — é resistência, história e identidade nacional.
Reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a prática exige preparo físico, consciência corporal e estratégia. Para quem vive a capoeira no dia a dia, como a jovem Lilian Yasmin, de 19 anos, a roda é um espaço de superação constante.
“A capoeira se tornou a parte mais essencial da minha vida por fortalecer minha alma, mente e corpo”, conta Yasmin, que pratica desde os 7 anos, por influência do pai e hoje faz parte do grupo Muzenza, um dos maiores do mundo, presente em mais de 62 países e 24 estados brasileiros.
Ela carrega no currículo títulos importantes, como o 12º Mundial de Capoeira do Grupo Muzenza, além de quatro conquistas no Campeonato Ginga e Mandinga e três no tradicional Ver-o-Peso da Capoeira.
VEJA MAIS
Para Yasmin, a capoeira vai além da técnica, reunindo o preparo mental aliado e muita concentração, além de respeito com o oponente.
"A capoeira é um encontro entre corpo, alma e história. É expressão, ritmo e arte. Quando você joga capoeira, seu corpo se comunica com a música. Instrumentos como berimbau, atabaque e pandeiro criam um ambiente que mexe com as emoções. A musicalidade ensina a escutar e respeitar o tempo do outro. É uma forma de se expressar, se libertar e se nutrir espiritualmente."
Atualmente morando em Curitiba, ela destaca a importância do preparo físico e mental. “A roda exige muito do corpo e da mente. Para aguentar, é preciso trabalhar o condicionamento físico de forma ampla: mobilidade, agilidade, força, coordenação e resistência — sempre respeitando o ritmo de cada um", encerra.
Palavras-chave