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Camisa vermelha da Seleção Brasileira é vetada por presidente da CBF; entenda a polêmica

Segundo informações, uniforme vermelho para a Copa de 2026 chegou a ser planejado, mas foi vetado por Samir Xaud

Hannah Franco | Especial em O Liberal

A Seleção Brasileira esteve muito próxima de uma mudança histórica em seu uniforme. Uma camisa vermelha, que já estava em fase inicial de produção pela fornecedora Nike, chegou a ser considerada para ser o novo segundo uniforme da equipe nacional, mas acabou vetada por decisão do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud.

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, o modelo vermelho havia sido aprovado pela antiga gestão da entidade, liderada por Ednaldo Rodrigues, e vinha sendo desenvolvido nos bastidores. A intenção era inovar para a Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá. No entanto, ao tomar conhecimento da proposta, Xaud convocou uma reunião emergencial com representantes da Nike e decidiu encerrar a ideia.

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A decisão do presidente foi motivada tanto por questões de identidade quanto por reação negativa da torcida. A tradicional camisa azul, utilizada como uniforme número dois desde o título mundial de 1958, seria substituída por uma camisa vermelha ou, segundo alguns rumores, até mesmo rosa. A especulação começou a ganhar força após o site especializado Footy Headlines, conhecido por antecipar lançamentos de uniformes, divulgar um suposto novo layout do manto alternativo da Seleção.

Xaud já havia se posicionado anteriormente contra a troca de cores em entrevista ao programa "Domingol com Benja", afirmando que lutaria para preservar a tradição da camisa azul. A fala se confirmou com o veto à produção em massa do modelo vermelho, mesmo após acordos prévios entre a Nike e a antiga diretoria da CBF.

A camisa vermelha, embora descartada oficialmente em uma nota anterior da entidade, ainda era considerada viável pelos executivos da marca esportiva. Além disso, o uniforme traria outro detalhe que causou controvérsia: a presença do logotipo da Jordan, que seria substituído pela logomarca tradicional da Nike após o veto.

Em nota, a CBF reafirmou que o uniforme número dois da Seleção Brasileira seguirá azul até que haja definição em conjunto com a Nike sobre qualquer nova proposta.

O que diz o estatuto da CBF

O artigo 13, inciso III, do documento, é claro ao estabelecer um limite para as cores do uniforme, todas dentro da bandeira do país. O vermelho, portanto, não está entre as opções permitidas.

“III – os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF e conterão o emblema descrito no inciso II deste artigo, podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria, não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria”, diz o trecho do documento.

Apesar disso, o estatuto prevê uma brecha para exceções em “modelos comemorativos”, desde que aprovados previamente pela diretoria da CBF. Foi o caso da camisa preta usada pela Seleção em 2023 e novamente em 2024, em ações especiais contra o racismo