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Promoção no trabalho: metas atingidas e tempo de casa são principais razões para ascensão

Pesquisa ouviu mais de 7 mil trabalhadores da América Latina; especialista paraense comenta dados

Daleth Oliveira
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Para os trabalhadores brasileiros, tempo de casa e entrega de resultados são os dois motivos mais justos para resultar em uma promoção no trabalho. O levantamento foi realizado pela Page Outsourcing em novembro e dezembro de 2022, contando com a participação de 7.511 profissionais da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Panamá). O especialista Eduardo Vasconcelos, doutor na área de Administração, afirma que pontualidade e atingimento de metas da empresa também são importantes.

“Muitas organizações já possuem um plano de cargos e salários bem definido, assim como um processo de ascensão profissional também organizado. Isso faz com que empresas tracem um perfil esperado desse profissional e como ele poderá gradativamente ascender verticalmente na organização. Dentro dessas características, algumas estão relacionadas à pontualidade, cumprimento das tarefas e atingimento dos objetivos de metas”, explica Vasconcelos.

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Segundo a pesquisa, 56,3% dos profissionais do Brasil acreditam que a promoção no trabalho deve ser por mérito. O especialista pontua que o mérito se dá pelo comportamento do funcionário e que titulação nem sempre é importante nesse caso.

“As organizações preferem aqueles que agreguem valor ao cargo, e, nesse momento, a formação é secundária, pois isso se busca no estágio inicial, mas para uma ascensão, é primordial que esse profissional demonstre características diferenciadas. Então, a titulação não é mais um elemento exclusivo para definir isso”, esclarece Eduardo.

Plano de carreira

Entre os entrevistados, os brasileiros foram os que menos apontaram que suas empresas não possuem informações sobre plano de carreira (48,1%). Nessa questão, a Argentina lidera os demais países (63,5%), seguida por México (59,9%), Chile (58,5%), Panamá (56,8%), Colômbia (52,4%) e Peru (49,4%).

De fato, a falta de um plano de carreira não é comum no País, comenta Vasconcelos. “Normalmente, as empresas já têm um plano de carreira definido. Mas quando um cargo fica disponível por alguma situação específica, as empresas costumam avaliar o próprio desempenho dos profissionais, para saber quem pode ser recolocado de função”.

Um exemplo de crescimento por meio do plano de carreira é a paraense Bianca Altair Nogueira Cabral, 36, coordenadora de Licenciamento Ambiental de Projetos na empresa OZ Minerals, em Parauapebas, sudeste do Estado. Ela está na empresa há 5 anos, onde começou como engenheira de meio ambiente nível júnior.

“Em 2018 fui promovida a engenheira pleno e em 2020, fui para o nível sênior. Já em novembro do ano passado, ascendi para a coordenação de meio ambiente e no mês seguinte, fui promovida para coordenação de licenciamento de projetos, nesse caso me tornei corporativa. Aqui na empresa somos incentivados no desenvolvimento de nossas carreiras”, relata Bianca.

Ela conta que no seu processo de crescimento como profissional, foi importante acompanhar os processos da empresa que chegou no Pará com uma demanda menor que tem hoje, se especializando conforme as necessidades aumentavam.

“Quando comecei a trabalhar aqui, a empresa tinha apenas um projeto operando. Depois ela foi adquirindo novos ativos na região e eu fui amadurecendo pessoalmente e profissionalmente. No início, não tinha equipe de meio ambiente e então eu quando comecei a estruturar o grupo, então com isso, ganhei experiência e confiança dos meus gestores, que identificaram em mim, uma liderança em potencial e investiram em treinamentos  de liderança, coach comportamental e mentorias. O processo foi sendo natural, conforme evolui em minhas entregas”, explica.

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O que não fazer para buscar uma promoção

Tentar se aproximar do cargo almejado por meio de relacionamentos pessoais é o pior caminho a ser percorrido, afirma Vasconcelos. “Algumas pessoas tentam criar vínculos de intimidade ou de aproximação com a chefia, dando presentes ou coisas do tipo, como uma forma de tentar uma melhor colocação. Isso não é indicado. A melhor maneira é realmente mostrar o seu desempenho na execução das tarefas e atividades inerentes àquele cargo”, aconselha.

“Eu brinco dizendo uma coisa: o pavão de hoje é o espanador de amanhã. Então aquele profissional que quer aparecer a qualquer custo, não costuma ser bem visto nem pelos colegas e nem pelos gestores. Gestores bem treinados que conhecem o seu ramo de atuação, a área que atuam, sabem quando esse profissional está buscando somente aparecer, ganhar visibilidade para obter algum tipo de benefício com isso”, completa o especialista.

Quando é hora de pedir demissão

No caso de empresas que não oferecem oportunidades de crescimento, o funcionário precisa perceber quando é a hora de pedir demissão e buscar um novo desafio profissional, indica Eduardo.

“O novo profissional no mercado de trabalho está em constante busca por melhores colocações profissionais. Então, é muito natural você ver jovens profissionais ficarem três anos no máximo na empresa e depois sair em busca de outro trabalho, e assim por diante. O que não é tão comum com profissionais de outras faixas etárias que já buscam uma estabilidade maior. Entretanto, o que o profissional precisa perceber é se essa empresa oferece alguma possibilidade de crescimento ou mesmo de uma melhor colocação profissional ou salarial. Se ele percebe que a empresa não oferece nada disso, nem vale a pena tentar, é melhor sair”, finaliza.

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