Pré-candidato à prefeitura de Belém, Thiago Araújo concede entrevista exclusiva ao Grupo Liberal

Esta será a segunda vez que o deputado estadual concorre ao cargo; agora, pelo Republicanos

Gabriel da Mota

No dia 24 de março, o deputado estadual Thiago Araújo foi anunciado como pré-candidato à prefeitura de Belém, pelo partido Republicanos, para as eleições municipais de 2024. Em entrevista exclusiva concedida ao Grupo Liberal, Thiago Araújo falou sobre sua experiência de 12 anos na vida pública, as expectativas para o pleito deste ano e quais são seus projetos para a cidade, caso seja eleito. Dentre as críticas à gestão atual, ele afirma que Belém está “muito mais abandonada do que estava quatro anos atrás”. Sobre a COP-30, o deputado afirma que o evento precisa “chegar na periferia”. 

Eu queria que o senhor começasse resumindo a sua experiência política que lhe traz até aqui.

Estou no meu terceiro mandato como deputado e já fui vereador de Belém; então, estou no meu quarto mandato político. Tenho mais de 12 anos de vida pública. Militei nos movimentos político-partidários, participo do processo político desde a minha juventude, porque vi no meu pai uma figura política de muito compromisso com as pessoas, o que me deu experiência suficiente para galgar projetos maiores, mas sobretudo para combater as mazelas da sociedade de Belém e do estado. Eu sou um jovem, tenho 31 anos de idade e continuo com a mesma paixão pela boa política, com o mesmo vigor e determinação de fazer da política uma ferramenta de transformação na vida das pessoas.

O que mudou em Belém, de 2020 – quando o senhor se candidatou pela primeira vez à prefeitura – para cá, e por que o senhor resolveu concorrer ao cargo novamente?

Quando eu fui candidato, era para defender ideias e propostas que melhorassem a vida da população. Hoje, eu quero isso mais ainda, porque Belém está muito mais prejudicada de estrutura e muito mais abandonada do que estava quatro anos atrás. Então, os nossos projetos de 2020 estão mais latentes, com mais urgência para serem implementados. 

O senhor tem projetos específicos para resolver os problemas da cidade?

Tem uma coisa que, para nós, é prioridade: transporte público de qualidade. A gente precisa ter ônibus com ar condicionado e com wi-fi; as paradas de ônibus precisam ser um ambiente mais qualificado para os mais de 500 mil usuários do transporte público, todos os dias. A gente precisa fazer isso com segurança jurídica, licitando o processo, dando garantia e segurança para os operadores, buscando tirar esse controle da mão do Setransbel e puxando para a Prefeitura. A gente precisa buscar parcerias com o governo do estado, com o governo federal, com organizações não governamentais que queiram enxergar em Belém, na metrópole da Amazônia, um grande potencial de futuro, mas que possa ser praticado no agora. Que a gente possa limpar Belém e acabar com esses pontos de descarte irregular do lixo que, hoje, estão tomando conta dos quatro cantos da nossa cidade. Para isso, não pode ter conchavo com empresário prestador de serviço. Tem que chamar o Ministério Público, os tribunais de contas e os órgãos de controle para fazer auditoria nos contratos, porque existem muitos contratos com valores majorados hoje, na cidade de Belém. A gente precisa fazer mais obras, serviços e entregas para a população gastando menos do que hoje está sendo praticado. 

image Thiago Araújo falou sobre sua experiência de 12 anos na vida pública, as expectativas para o pleito deste ano e quais são seus projetos para a cidade, caso seja eleito (Foto: Carmem Helena | O Liberal)

Ano que vem é ano de COP-30, em novembro. O senhor acha que a cidade está preparada para o evento?

Ainda não, mas tem tempo ainda de se preparar. O próximo prefeito vai ter uma missão árdua de pegar um curto espaço de tempo para fazer obras e serviços que não sejam “maquiagem” e que possam ter um legado para a cidade. A COP é importante para mostrar para o mundo o potencial econômico e sustentável que Belém e o Pará têm. Só que a COP é um evento curto e que acontece no centro principal da cidade, onde tudo funciona. A COP tem que chegar na periferia: levar saneamento básico, programas de macrodrenagem, trazer o desassoreamento dos nossos canais, para evitar que existam os pontos constantes de alagamento quando a gente tem uma união entre maré alta e chuvas fortes – que são frequentes na nossa cidade. Tem que trazer mais enfermeiros e médicos para atender a população; tem que fazer com que o turismo possa ser impulsionado e que seja um legado para o agora e para o amanhã, para poder gerar emprego e renda. 

Em 11 meses?

Em 11 meses, dá para fazer muita coisa. Certamente não vai dar para fazer tudo, mas dá para melhorar muita coisa e fazer um bom evento na cidade. 

Quais são as suas expectativas para as eleições deste ano?

A minha expectativa é fazer um debate com a população, apresentar propostas viáveis em cima do orçamento do Tesouro Municipal, mostrar as parcerias que nós queremos fazer com o governo do estado com o governo federal, mas de maneira independente, fazendo acordos que possam ser cumpridos. Hoje, no nosso debate político, a gente tem mais de oito partidos; nenhum deles negociou cargos ou espaços em secretarias. Queremos fazer um vínculo de relacionamento de alianças que possam trazer benefícios para a população. Ananindeua é um grande exemplo de gestão que tem dado certo aqui na região metropolitana, com recursos municipais bem menores (de maneira per capita) do que a nossa cidade. Minha ideia é dialogar com os prefeitos da região metropolitana.

Algo nos projetos da candidatura anterior mudou com a sua troca de partido?

A minha saída do Cidadania e entrada no Republicanos foi um momento muito pessoal, de mudança de ciclo. Isso não muda meus princípios, meu caráter, minha pessoa e muito menos as minhas propostas. A gente tem um novo horizonte político no Brasil, porque a política tem sido modificada a nível nacional. Hoje, eu me alinho muito mais com as proposições do Republicanos, que é um partido conservador, de centro direita, e de debate longe dos extremismos, que quer debater com a sociedade e entende a pluralidade que existe na nossa população, mas que precisa ter respeito, ética e compromisso.

Há alguma previsão para o lançamento oficial da sua pré-candidatura?

Espero que, em 10 dias, com o fechamento da janela partidária, a gente já tenha uma efetivação. Vamos fechar o nosso time de pré-candidatos a vereadores; a previsão é ter entre 160 e 170 pré-candidatos a vereadores na nossa composição política.

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