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'Importante votar, porque só brigar não adianta', diz idosa paraense de 101 anos

Raimunda Barbosa nasceu nasceu quando as mulheres não tinham direito ao voto. Até hoje, com mais de 100 anos, ela faz questão de aproveitar esse direito conquistado

Igor Wilson

Quando Raimunda Barbosa nasceu, as mulheres não tinham direito ao voto. A abaetetubense de 101 anos veio ao mundo em 1921. Logo depois, em 1932, o Brasil reconheceu o voto feminino como um direito de todas. De lá para cá muita coisa aconteceu na história da democracia brasileira. E Raimunda se orgulha de poder dizer que vivenciou tudo e com participação ativa.

Uma das eleitoras mais antigas do Pará votou na manhã deste domingo (2), na Escola de Aplicação da UFPA, antigo NPI. Chegou em cadeira de rodas com a ajuda do filho, que foi buscá-la cedo em casa, no bairro da Terra Firme, em Belém. “Falei pra ele que queria votar bem cedinho, que era pra me buscar de manhã “, diz Raimunda, em tom bem humorado.

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Quando chegou em seu local de votação, Raimundo precisou da ajuda de três familiares para conseguir se locomover até sua sessão. Na cabeça, a mulher centenária já tinha alinhado seus candidatos. “Eu sou lúcida. Decidi em quem votar acompanhando os noticiários, assistindo propaganda política. Não vou nem demorar”, disse antes de entrar para votar.

Polarização atingiu família

Apesar da vontade de exercer o voto, alguns familiares de dona Raimunda desejavam que ela se resguardasse nessas eleições. As limitações físicas eram o principal motivo. Mas a moradora da Terra Firme bateu o pé. “Bem que tentamos conversar com ela, alguns dizendo que ela não precisava mais votar, mas ela ficou chateada. Quando percebi que ela ficou assim, decidi obedecer a vontade dela”, diz Tamara Barbosa, neta de dona Raimunda.

 (Filipe Bispo / O Liberal)

Raimunda não mente quando fala sobre sua lucidez. Sabe da crise política que tomou conta do país nos últimos anos. Sua família, assim como a de milhares de brasileiros, foi afetada pela polarização política. 

“A família está dividida, alguns ficaram chateados com meu voto, outros brigaram entre eles, tudo por causa de candidato. É importante a gente votar, porque só brigar não adianta. Tem que vim dar o voto, dizer quem quer que ganhe”, diz a idosa, momentos antes de entrar em sua cabine de votação.

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