Transações via Pix no comércio de Belém já representam 85% dos pagamentos, dizem lojistas
Com o crescimento das transações via Pix, centro comercial da capital reflete transição para a moeda digital, que já representa até 85% das movimentações financeiras nas lojas, segundo vendedores.
O Pix, sistema de pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central em 2020, consolidou-se como o principal meio de transação financeira, superando até o uso de dinheiro em espécie. De acordo com dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o Pix ultrapassou 63,8 bilhões de transações no Brasil em 2024, e o impacto é evidente também nas lojas da capital paraense. No centro comercial de Belém, o Pix já responde por até 85% das vendas, segundo lojistas entrevistados pelo Grupo Liberal.
Principal forma de pagamento
A crescente adesão ao Pix no comércio de Belém é clara. Lojistas de diferentes segmentos relatam que, atualmente, as transações em dinheiro são raras, e os clientes preferem pagar com o sistema instantâneo, tanto nas compras físicas quanto online. Scarlatt Caroline, dona de uma loja no centro da cidade, confirma:
“Hoje, dificilmente recebemos dinheiro. O Pix já representa de 70% a 80% das movimentações financeiras feitas aqui. O restante é dinheiro, e apenas 5% é em cartão de crédito.”
A praticidade e rapidez do Pix são citadas como vantagens significativas, permitindo que o dinheiro caia imediatamente na conta da loja, sem a espera de dias úteis para a compensação.
Bruno Sousa, vendedor em uma loja masculina no centro comercial, também reforça a popularidade do Pix, destacando sua relevância para facilitar o pagamento e agilizar as transações:
“O Pix representa 85% das nossas vendas. Quase 90% das vendas são feitas por Pix. Isso mostra que, para nós, o pagamento por esse sistema é essencial, especialmente com clientes de outras regiões que compram via WhatsApp.”
Agilidade e facilidade para lojistas e consumidores
A principal vantagem do Pix, segundo os entrevistados, é a agilidade. O pagamento instantâneo facilita a gestão financeira dos estabelecimentos, permitindo que o lojista utilize os valores recebidos de forma imediata.
Samy Amaral, consumidora frequente do Pix, também enxerga uma série de benefícios no uso da ferramenta:
“É muito mais fácil e prático pagar com o Pix. Eu posso acompanhar o quanto estou gastando, e o dinheiro já cai na hora.”
Para ela, o Pix revolucionou a forma de consumir, principalmente em compras menores no comércio local.
Além disso, a segurança nas transações tem sido um ponto forte do Pix. Bruno Sousa destaca que a ferramenta tem “excelência de 100%” em termos de confiabilidade, com menos incidência de estornos e fraudes em comparação a outros meios de pagamento.
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Desaparecimento do dinheiro em espécie
Com a adesão massiva ao Pix, o uso de dinheiro em espécie tem se tornado cada vez mais incomum. Isso está transformando a rotina das lojas em Belém. Scarlatt observa que “andar sem dinheiro virou até uma anormalidade”.
“A pessoa nem mais pensa em carregar dinheiro. Isso tem simplificado muito a operação, tanto para quem compra quanto para quem vende”, avaliou.
Para os comerciantes, a ausência de troco já não é mais um empecilho. Segundo eles, o sistema também diminui custos com segurança, já que não há mais necessidade de manter grandes quantidades de dinheiro no caixa.
Crescimento do Pix e a participação da Região Norte
De acordo com dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o Pix alcançou 63,8 bilhões de transações em 2024, marcando um crescimento de 52% em comparação com os 41,9 bilhões registrados em 2023.
Com esse aumento, o sistema de pagamentos instantâneos se consolidou como a forma de pagamento mais utilizada no Brasil, superando meios como cartão de crédito, débito, boleto, TED, cartão pré-pago e cheques, que somaram, juntos, 50,8 bilhões de transações.
Segundo o Banco Central, em junho de 2025, o Pix atingiu 6,5 bilhões de transações, movimentando mais de R$ 3,3 trilhões. Criado em 2020, o sistema se tornou uma referência mundial em pagamentos instantâneos.
A distribuição das transações, conforme o relatório do Banco Central, reflete a expansão do sistema de pagamentos em diversas regiões do país.
O Sudeste, região mais populosa, representou 43,8% das transações, seguido pelo Nordeste com 25,7%, Sul com 12%, Centro-Oeste com 8,9% e o Norte, com 9,6% das transações.
Até junho deste ano, segundo relatório do Banco Central, o Brasil registrava 632 milhões de chaves Pix ativas, sendo 567 milhões de pessoas físicas e 65 milhões de empresas, com mais de 167 milhões de usuários cadastrados e 640 milhões de contas vinculadas ao sistema.
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