Governo Lula publica vídeo sobre criação do Pix e defende sistema: 'É nosso, ninguém toma'
O perfil oficial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou vídeo nesta terça-feira, 12, em defesa do Pix, sistema brasileiro de pagamento, em que afirma que modelo deu "tão certo que agora tá incomodando uma das maiores potências do mundo". "É nosso, ninguém toma", diz.
A publicação ocorre no contexto iniciado com o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que evoluiu para o anúncio de investigações sobre "práticas comerciais injustas" que supostamente desfavorece os americanos nas relações com o Brasil.
No vídeo montado com uma série de memes, linguagem nativa das redes sociais e adotado pelos perfis do governo principalmente após a chegada de Sidônio Pereira na Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), a narradora da peça explica que o Pix foi criado pelo Banco Central, apesar de muita gente atribuir ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Basta uma pesquisa rápida para ver que o Pix foi concebido lá em 2018. Portanto, antes do governo anterior, e quem criou não foi presidente nem ministro nenhum. Mas servidores públicos do Banco Central. E poxa, vamos combinar, isso torna mais legal ainda, né?", diz trecho da peça publicitária.
Como mostrou o Estadão Verifica, embora tenha sido lançado em novembro de 2020, portanto, na gestão de Bolsonaro, o Pix começou a ser pensado no governo de Michel Temer(MDB), em 2018. Inclusive, quando foi abordado por apoiador sobre o modelo de pagamento pela primeira vez em 2020,Bolsonaro demonstrou desconhecimento, acreditando que o termo Pix se tratava de algo relacionado à aviação civil.
A investigação determinada por Trump foi anunciada pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), para determinar se "atos, políticas e práticas do governo brasileiro são irracionais ou discriminatórios e oneram ou restringem o comércio dos EUA".
O Pix não foi mencionado nominalmente no comunicado oficial. mas o escritório cita "serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo".
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