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Surpresa desagradável: aumento do preço dos combustíveis surpreende muitos paraenses

A maioria dos postos de combustíveis na capital paraense seguiu o fluxo e repassou o aumento aos clientes já esta quarta-feira (16)

Igor Wilson

O aumento nos preços da gasolina e do diesel vendido às distribuidoras anunciado pela Petrobras durante o feriado prolongado pegou alguns consumidores paraenses de surpresa nesta quarta-feira (16). O reajuste que passou a vigorar hoje aumentou em R$ 0,41 por litro o preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras, que passou a ser de R$ 2,93 por litro (5,18% de aumento). Para o diesel, a Petrobras aumentou em R$ 0,78 por litro o seu preço médio às distribuidoras, que fica a R$ 3,80 por litro (14,25% de aumento).

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A maioria dos postos de combustíveis na capital paraense seguiu o fluxo e repassou o aumento aos clientes. Em um posto de combustível no bairro da Sacramenta, os preços foram reajustados logo cedo. A gasolina era vendida por R$ 5,79, um acréscimo de R$ 0,20 por litro, enquanto o diesel ultrapassou os R$ 6, valor cerca de R$ 0,30 superior ao comercializado na semana passada. Motoristas que abasteciam seus carros lamentaram o novo reajuste, o primeiro desde maio.

O motorista de aplicativo Sandro Cavalcante, de 40 anos, foi apanhado de surpresa ao parar para abastecer. “Surpresa, pode não parecer muito, só alguns centavos, mas todo dia temos que botar combustível. Então quando a gente vê, já foi o dinheiro do pão das crianças embora, por causa desses centavos. Quando eu abasteço, esses centavos levam o lucro do dia. Esses centavos são um problemão pra gente. Nem sabia que tinha aumentado, fiquei sabendo agora”, explicou.

image Sandro Cavalcante diz que acréscimo tira parte considerável de seu lucro diário (Cristino Martins/O Liberal)

Enquanto Sandro partia para pegar mais um passageiro, o mototaxista Eduardo Malcher, de 44 anos, foi também pego de surpresa com o novo aumento. “Para mim não faz sentido, fiquei sabendo quando vim abastecer, já venho aqui porque é mais barato. Isso no final do dia, me tira uns R$ 30, o que daria pra comprar um quilo de carne pra almoço e janta. Então faz muita diferença no nosso corre diário”, lamentou.

A Petrobras anunciou novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, que começaram a valer na quarta-feira (16). O diesel não era reajustado desde 10 de maio e a gasolina tinha recebido aumento no último dia 11 de março.

De acordo com a petrolífera, o preço médio de venda de gasolina nos postos deve passar de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro, no entanto, no Pará o preço praticado é superior na maioria dos postos. No caso do diesel, o preço médio de venda do litro aumentou de R$ 4,91 para R$ 5,61. Em alguns postos paraenses o valor já ultrapassou os R$ 6.

Entenda o fim da PPI

Apesar do aumento, a Petrobras afirma que até o mês de agosto, a variação acumulada nos preços dos combustíveis apresenta uma redução de R$ 0,15 por litro para a gasolina e de R$ 0,69 por litro para o diesel, atribuindo a redução ao final da Política de Paridade de Importação (PPI) – prática que ajustava o preço dos combustíveis com base na cotação do dólar e do petróleo no exterior.

Desde quando o governo Lula anunciou o fim da PPI, criando outros parâmetros para precificar a produção nacional, alguns representantes do setor alertaram que a medida poderia gerar um desabastecimento de diesel no país pois desestimula as importações e o país não é autossuficiente neste tipo de combustível. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Lojas de Conveniência do Estado do Pará (Sindicombustíveis-PA), atribuiu o aumento anunciado pela Petrobras como uma forma de se adequar ao mercado externo.

“Na última semana foi divulgado alerta pelo Sindicombustíveis sobre eventual possibilidade de desabastecimento de combustíveis, que vinha sendo sentida em postos de todo o Brasil. A situação vinha sendo causada pela falta de adequação entre mercado interno e externo após a alteração na política de preços da Petrobras. Com isso, os valores estavam artificialmente menores no mercado interno do que no externo, desestimulando as importações. Como a Petrobras não tem capacidade de suprir integralmente o abastecimento, havia risco de falta de produto. A elevação agora anunciada do preço nas refinarias da Petrobras é adequação ao valor do petróleo no mercado externo, como forma de viabilizar a retomada da importação. Com isso tenta-se evitar o desabastecimento estimulando as importações, pois a situação anterior era insustentável e estava causando restrições”, diz o sindicato que representa os empresários do setor.

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