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Sintepp critica anúncio feito pela Prefeitura de Belém e deve convocar assembleia da categoria

Segundo entidade, percentual não garante o pagamento do piso, por isso havia sido rejeitado em Assembleia

Keila Ferreira
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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sintepp) do Estado do Pará criticou o anúncio feito pela prefeitura de Belém de reajuste de 33,24% no salários dos profissionais da categoria. Segundo a entidade, o percentual não foi acertado durante a rodada de negociações e não garante o pagamento do piso da categoria. A coordenação do Sintepp de Belém vai se reunir para programar uma assembleia da categoria, com o objetivo de discutir as medidas que serão tomadas.

Coordenadora do Sindicato em Belém, Silvia Letícia da Luz informou que, hoje, o município paga um piso de R$ 1.844, para 200 horas, o que representa uma diferença de 108% em comparação ao piso nacional, que subiu para R$ 3.845,34. “Desses 108%, o governo está propondo 33,24%. A diferença é de 1.961,63. Esse é o valor que deveria pagar a mais para cumprir a lei do piso, mas o Governo ofereceu reajuste de R$ 613,00”, declarou.

Ela afirma que a entidade não concorda com a proposta. Além disso, não há acordo para parcelamento do retroativo do piso, já que o novo valor deveria começar a ser pago em janeiro. “Sequer consideraram as propostas apresentadas na última Assembleia, que é parcelar o pagamento do piso em duas vezes e incluir no debate o PCCR Unificado (Plano de Cargos e Carreiras), que seria incluir o administrativo, o porteiro, a merendeira, o servente da escola”, completou Sílvia Letícia.

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A representante do Sintepp diz ainda que a categoria saiu da reunião com a Prefeitura por volta das 11h30, quando o prefeito Edmilson Rodrigues já tinha postado o vídeo anunciando o reajuste. Ou seja, a medida foi divulgada sem que houvesse uma negociação. “Nós achamos que é um absurdo, porque a categoria já tinha rejeitado em Assembleia essa proposta do governo”.

Quanto à informação anunciada, de que o salário da maioria dos trabalhadores sairá de cerca de 6.900 reais para 8.800 reais, Silvia Letícia argumenta que a gestão está considerando o valor bruto, incluindo as gratificações. “Mas quando tu vais olhar no contracheque, tu percebe 27% de desconto de imposto de renda, 11% de alíquota previdenciária, que eles querem aumentar para 14%. É um absurdo falar no bruto. Ele tem que falar no salário líquido, quanto os trabalhadores recebem, mostrando todos os descontos obrigatórios”.

Segundo ela, aproximadamente 5% dos professores do município têm doutorado, 10% metrado e 80% tem especialização. “O salário dos professores, o que ele pega para pagar as dívidas, é de 2.500 ou 3 mil no máximo, para dois turnos de trabalho, 50 crianças numa sala. E a Lei fala de piso. Temos que discutir piso, não teto”, concluiu. 

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