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Setor de vestuário e acessórios lidera número de microempreendedores no Pará em 2022

Comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios representa 18% do total de 154,6 mil Meis registrados pela Receita Federal no Estado até o último dia 5 de janeiro de 2022

O setor de vestuário lidera o número de microempreendedores no Pará em 2022, com 18% do total de 154,6 mil MEIs registrados pela Receita Federal no Pará até o último dia 5 de janeiro.  Em seguida, o segmento que tem mais destaque nos novos registros é o do comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, mini mercados, mercearias e armazéns e 9,5% dessa fatia de empreendedores; seguido do segmento de cabeleireiros, manicure e pedicure, que ficam com 9,2% desse percentual.

A empreendedora Heloisa Almeida, de 62 anos, é uma das microempreendedoras que se soma a esse número total de paraenses no ramo da alimentação formalizada, mas autônoma. Ela tem uma loja virtual, onde aceita encomendas de bolos, tortas, pratos quentes, lanches, docinhos e também tem opções de buffet completo. Além de trabalhar com pedidos, ela também trabalha com eventos. Há oito anos no mercado, ela conta que 2021 não foi um ano fácil, mas que segue na busca pela sobrevivência.

“Ano passado foi um ano bem difícil, meu faturamento caiu em até 70%. Já em dezembro que comecei a sentir mais a recuperação, e desse percentual que perdi, recuperei 40%, mais ou menos. Graças a Deus, os nossos clientes fixos sempre voltam, principalmente para fazer as encomendas. Mas os eventos voltaram em setembro do ano passado, então foi quando começamos a sentir essa melhora”, declara.

O que antes era um complemento do salário recebido num escritório de advocacia, hoje é a maior parte da renda da advogada e publicitária Suelen Queiroz, de 34 anos. Confeiteira há alguns anos, ela decidiu registrar o MEI em abril de 2021, quando passou a dedicar mais tempo para o ofício, que começou com brownies fits e saudáveis e agora se expandiu para cookies de diversos sabores.

“Fiz o MEI primeiro em função dos benefícios, pela contribuição do INSS e pelo CNPJ, que te dá acesso a outras facilidades. Enquanto pessoa física não consigo alguns valores mais em conta de fornecedores de insumos, além de que tem empresas que não contratam meu serviço sem CNPJ. Ainda tenho como público principal o consumidor final, mas a ideia é expandir e ter vários pontos de revenda. Hoje, 60 a 70% da minha renda vem do meu trabalho como confeiteira”, estima.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae-PA) afirma que, primeiramente, para que o pequeno empresário tenha condições de gerir o seu negócio, precisa pensar em ações para o desenvolvimento, maturação e eficiência das atividades da empresa. A gerente de relacionamento do órgão no Estado, Lega Magno, relaciona os cursos oferecidos, voltados, preferencialmente, para soluções de educação e assistência a esse microempreendedor.

“Nossas soluções são customizadas para apoiar o empreendedor nessa jornada de desenvolvimento e maturação de negócios. Importante é ter controle dos processos, com planejamento e monitoramento das entregas que a empresa faz no mercado. A gente faz esse acompanhamento de forma personalizada porque entendemos que a empresa é única e tem problemas diferentes”, destaca Leda.

Entre os principais cursos oferecidos pela organização estão o de desenvolvimento do comportamento empreendedor (planejamento, estruturação de metas, resultado e desenho de negócio); consultoria mercado e finanças; além de atuar também com temas transversais, como sustentabilidade e inovação. “Toda essa grade de programação de cursos está disponível online, inclusive podem ser feitos de forma presencial ou remota, com conteúdo gravado que pode ser assistido a qualquer momento, e também temos cursos pelo whatsapp, com acompanhamento do consultor”, ressalta.

Importante ainda dizer, de acordo com Leda, que esse empreendedor precisa estudar bem o preço e levar em consideração, especialmente no ramo da alimentação e em beleza, a clareza do serviço prestado. “Tem que ser claro para que esse microempreendedor consiga estabelecer parcerias no mercado e possa dar vazão ao serviço, trazendo novas ferramentas e tendências de mercado que ele possa agregar sem custos adicionais”, finalizou.

Números de empreendedores cresce no Pará

A crescente de paraenses abrindo uma empresa em formato de microempreendedor individual foi contínua desde 2018, segundo o Mapa de  Empresas do Ministério da Economia. De 2018 para 2019, foram mais 11.701 MEIs abertos (+ 34%); de 2019 para 2020, foram mais 10.930 novos microempreendedores (+ 24%); de 2020 para 2021, outros 9.642 MEIs foram abertos (+ 17%). O crescimento de 2018 para 2021 foi de 93%. Mesmo com a pandemia, também no mesmo período, foi possível observar um aumento de cerca de 52% no número de novos pequenos empresários também em todo o Brasil, saltando de 1,94 milhões de novos MEIs para 2,95 milhões.

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