Saiba quanto vai render o FGTS com a nova fórmula de correção aprovada pelo STF
Conforme decisão dos ministros do Supremo, Fundo deve ser corrigido, pelo menos, pela inflação

Conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira (12/06), o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve ser corrigido, pelo menos, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pela decisão, os valores depositados no FGTS, atualmente corrigidos mensalmente pela Taxa Referencial (TR), mais juros de 3% ao ano, não poderão ter uma correção menor do que o IPCA. Caso o resultado seja menor do que a inflação, caberá ao Conselho Curador do FGTS determinar uma compensação.
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O objetivo é proteger o trabalhador de picos de inflação. Uma simulação feita pelo professor da Uerj, o economista Caio Ferrari, e pelo planejador financeiro Fabrice Blancard, calculou as diferenças na correção de cinco faixas de saldos do Fundo de Garantia para o ano de 2023, considerando o IPCA de 2023, acumulado em 4,62% e a TR, que fechou o ano passado em 1,76%, mais 3%, que é a fórmula usada atualmente.
Nessa simulação, publicada pelo jornal O Globo, o rendimento no ano passado considerando a fórmula atual foi melhor do que teria sido com a inflação, mas o resultado seria inverso se fossem considerados os anos de 2021 e 2022, quando a inflação estava muito alta.
Veja a simulação do que muda
Saldo do FGTS / IPCA 2023 (4,62%) / TR + 3%a.a. (4,76%)
R$ 1.000 / R$ 1.046,20 / R$ 1.047,60
R$ 5.000 / R$ 5.231,00 / R$ 5.238,00
R$ 10.000 / R$ 10.462,00 / R$ 10.476,00
R$ 30.000 / R$ 31.386,00 / R$ 31.428,00
R$ 50.000 / R$ 52.310,00 / R$ 52.380,00
Fonte: Caio Ferrari, economista, e Fabrice Blancard, planejador financeiro / via Portal O Globo
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