CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Revisão de tarifas dos EUA pode beneficiar cacau paraense, avalia Faepa

Possível flexibilização de taxas comerciais anunciadas durante o governo Trump abre espaço para exportadores brasileiros, mas indústria paraense mantém cautela diante do cenário incerto

Gabi Gutierrez
fonte

A sinalização feita pelo secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, sobre a possibilidade de exclusão de produtos tropicais das tarifas comerciais impostas pelo governo de Donald Trump reacendeu o debate sobre as oportunidades — e os desafios — do Brasil no mercado internacional. Em entrevista concedida à emissora CNBC nesta terça-feira (29), Lutnick afirmou que itens como café, cacau, manga, abacaxi e outros recursos naturais que não são produzidos em solo norte-americano podem ser retirados da lista de sobretaxação.

A medida ainda não foi oficializada, mas já gera repercussões no setor produtivo paraense, que identifica espaço para ampliação das exportações, ao mesmo tempo em que chama atenção para gargalos logísticos e riscos diante das incertezas do cenário geopolítico.

VEJA MAIS:

image Tarifaço de Trump pode ameaçar empregos e renda no Pará, alerta especialista
Por decisão do presidente dos EUA, o Brasil estará sujeito a uma tarifa de 50% a partir de 1º de agosto


image Cassação, perda de cargo e bloqueio salarial: os pedidos contra Eduardo Bolsonaro na Câmara
Atuação de Eduardo no país americano está sendo investigada pela PF


[[(standard.Article) Assessoria de Alckmin nega que governo tenha pedido exclusão de setores no tarifaço]]

De acordo com Guilherme Minssen, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), o estado é atualmente exportador de diversos produtos agropecuários, com destaque para carnes e pescados. No entanto, a eventual exclusão do cacau das tarifas pode representar um ganho estratégico para o agronegócio local. “A possibilidade de revisão traz grande influência principalmente para o cacau, que tem importância crescente na pauta de exportações do estado”, afirma Minssen. Ele alerta, contudo, que os entraves estruturais persistem. “Nossos problemas continuam sendo os mesmos quanto aos portos deficitários, o que impacta diretamente na competitividade”, acrescenta.

Do lado industrial, a avaliação é de cautela. Em nota enviada à reportagem, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) destacou que acompanha “com atenção as recentes movimentações do cenário geopolítico internacional”, e lembrou que, além da eventual retirada de tarifas para alguns produtos, há também o risco de ampliação das taxas sobre exportações brasileiras para os Estados Unidos, com alíquotas que podem chegar a 50%.

A Fiepa destaca que o Pará é um dos principais polos exportadores do país, com forte presença nos setores de base mineral, metalúrgico e agroindustrial. “A imposição de tarifas pode comprometer contratos comerciais, afetar empregos e enfraquecer a competitividade de empresas paraenses”, afirma a entidade, que defende a articulação institucional e o diálogo bilateral como estratégias para preservar os interesses nacionais.

A federação reforçou ainda seu apoio a uma mobilização nacional em defesa do setor produtivo, cobrando uma “resposta clara e estratégica do governo brasileiro”.

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA