Remédios mais usados têm alta de 4,10% neste ano em Belém; veja quais
Aumento nos preços de analgésicos, antibióticos e antigripais forçam famílias a optar por genéricos e cortar gastos para manter tratamentos

Dados divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que Belém registrou aumento nos preços de medicamentos essenciais no acumulado deste ano (janeiro a junho), segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Embora no mês de junho o segmento Saúde e Cuidados Pessoas tenha apresentado uma pequena redução de 0,49%, nos primeiros seis meses desse ano acumula alta de 4,42%, com aumento de 4,10% em produtos farmacêuticos.
Os antibióticos tiveram reajuste de 1,62%, enquanto os analgésicos e antitérmicos ficaram 3,01% mais caros. Os gastroprotetores subiram 4,89% e os antigripais e antitussígenos ficaram 6,84% mais caros neste ano. Até mesmo remédios de uso comum, como os anti-inflamatórios, apresentaram reajustes (3,34%), o que tem dificultado o acesso a tratamentos básicos e afetado a rotina de muitas famílias.
Remédios mais caros em Belém no 1º semestre de 2025
Segundo o IBGE, os preços de medicamentos em Belém subiram de janeiro a junho deste ano:
- 📈 Alta geral no segmento Saúde e Cuidados Pessoais: +4,42%
- 💊 Produtos farmacêuticos: +4,10%
- 🦠 Antibióticos: +1,62%
- 🤕 Analgésicos e antitérmicos: +3,01%
- 🛡️ Gastroprotetores: +4,89%
- 🤧 Antigripais e antitussígenos: +6,84%
- 🔥 Anti-inflamatórios: +3,34%
Esses aumentos vêm impactando o acesso da população a tratamentos básicos e dificultando o cuidado com a saúde no dia a dia.
Para o funcionário público Davi Garibaldi, o impacto vai além das idas à farmácia. “Isso pesa no orçamento familiar. Afetou a minha família, que depende de medicamentos contínuos. Isso compromete o orçamento”, afirma. Com os aumentos, ele passou a buscar alternativas mais baratas: “Sempre procuramos opções mais em conta, como os genéricos. Deixar de comprar não é uma opção — se não comprar, a pessoa fica doente. Acabamos cortando outras despesas do orçamento doméstico para garantir os medicamentos”.
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Já a farmacêutica Emília Rodrigues relata que os clientes têm tido dificuldade para comprar remédios de uso contínuo, como os destinados ao controle da pressão arterial. Apesar disso, ela afirma que ainda há alternativas: “Há versões similares e genéricos que conseguimos ajustar conforme a necessidade do cliente”. Emília destaca que muitos consumidores procuram por essas opções mais acessíveis: “Os clientes dão um jeito porque não podem ficar sem os medicamentos. Sempre perguntam se há genéricos ou similares”.
Ela explica ainda que as farmácias tentam orientar os consumidores: “Quando há possibilidade, indicamos a troca por genérico ou similar, que têm o mesmo efeito e são mais acessíveis. Quando não é possível, muitos optam por parcelar ou usar o cartão”.
*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia.
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